O indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio traz 13,4% de aumento real em agosto deste ano em...
O indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio traz 13,4% de aumento real em agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. E, segundo a consulta ao Serviço de Proteção ao Crédito, em Uberaba, o crescimento foi 7,5% maior em comparação ao mês de julho 2012.
Outro dado que merece destaque, em Uberaba, é o número de cancelamento de contas do SPC, em torno de 53%, e de cheques, 80%, mostrando que as pessoas com pendências financeiras estão acertando as contas. “As pessoas foram às lojas acertar suas contas, demonstrando a principal característica do consumidor uberabense de bom pagador”, afirma Fúlvio Ferreira, presidente Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberaba.
Fúlvio comenta que vários motivos colaboraram para que o comércio local apresentasse crescimento de 7,5%. “A movimentação do Dia dos Pais e a aquisição de produtos com o IPI reduzido, como os da linha branca e veículos, colaboraram para o crescimento do mês de agosto e alavancaram as vendas de vários segmentos”, comemora.
Entretanto, de acordo com Fúlvio, esse crescimento é parcial, pois reflete apenas a realidade dos setores beneficiados com planos governamentais. “Esta alta expressiva e concentrada no mês de agosto não se reflete em todos os segmentos comerciais. Há setor que não está feliz e vendendo mal porque os clientes, em vez de comprar de forma geral, direcionam suas compras”, analisa.
Dentre os segmentos que se destacaram com alta estão os setores de material de construção, eletrônicos e informática, assim como o de supermercados, atingindo valores acima de 10% de crescimento. Esta alta da atividade varejista de agosto reforça os prognósticos de um segundo semestre com maior dinamismo econômico, motivado pelas reduções das taxas de juros, pelo recuo gradual da inadimplência, pela manutenção e continuidade de incentivos governamentais ao consumo e pela manutenção de patamares baixos da taxa de desemprego.
Fúlvio alerta apenas as famílias que estão usando o poder de compra em sua totalidade, que, posteriormente, terão forte restrição ao consumo.
“A expectativa é de que o segundo semestre tenha boa movimentação até o Natal, mas fazemos a recomendação tanto aos consumidores quanto aos lojistas de que cuidem do nível de endividamento pessoal, familiar e empresarial”, finaliza.