A atividade econômica brasileira registrou crescimento dessazonalizado (livre de variações do período) de 0,75% em junho, na comparação com maio deste ano, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
Para o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, o crescimento em junho é o melhor resultado do ano, mas vem de três resultados muito fracos. “O IBC tinha caído em março, depois ficou muito próximo de 0% em abril e 0% em maio”. Campelo destacou, contudo, que não deixa de ser um sinal favorável de reação da demanda, uma vez que havia dúvida em relação à capacidade de as famílias brasileiras se endividarem ainda mais.
O economista da FGV disse que, embora o consumidor tenha ajustado um pouco as suas contas, o que levou a inadimplência a parar de subir foi a nova situação de taxa de juros mais baixa no país, aliada às medidas de estímulo à economia. Esses sinais levam a crer que o resultado do IBC de junho pode ser o primeiro sinal de aceleração da economia no segundo semestre.