Viajar com animais de estimação exige alguns cuidados especiais! (Foto/Freepik/Reprodução)
O Dia Internacional do Gato, um dos animais de estimação preferidos dos brasileiros, é celebrado nesta sexta-feira, 8 de agosto. A data marca a oportunidade para conhecer curiosidades sobre como os felinos se aproximaram dos seres humanos há milhares de anos, estabelecendo uma relação que começou com o controle de pragas e evoluiu para laços afetivos.
A aproximação entre felinos e humanos teve início há aproximadamente 10 a 12 mil anos, quando os primeiros agricultores começaram a desenvolver plantações. Foi nesse período que os gatos selvagens, atraídos pelos roedores que infestavam as lavouras, se aproximaram voluntariamente das comunidades humanas.
Diferentemente de outros animais domesticados, os gatos não foram capturados para serem domados. Os agricultores, percebendo os benefícios do controle natural de pragas proporcionado pelos felinos, começaram a oferecer alimentos para incentivar sua permanência nas proximidades das plantações.
Os gatos domésticos atuais descendem diretamente do Felis silvestris lybica, espécie originária do Oriente Médio. Pesquisas indicam que a origem da espécie felina ocorreu entre 130 mil e 160 mil anos atrás, quando cinco variedades de felinos selvagens se cruzaram até dar origem ao ancestral direto dos gatos domésticos.
Um estudo publicado na revista Science em 2007 conseguiu rastrear os ancestrais dos gatos domésticos a mais de 100 mil anos. A mesma pesquisa revelou que ainda existem gatos selvagens com DNA idêntico ao dos gatos domésticos em países como Israel, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Arábia Saudita.
No Brasil, aproximadamente 24 milhões de gatos vivem como animais de estimação. Dados do Instituto Pet Brasil mostram que, desde 2013, o número de lares brasileiros com gatos cresceu 8,1%, representando o maior aumento entre todos os animais de estimação no país.
Os demais animais apresentaram crescimento menor: peixes registraram alta de 6,1%, répteis e pequenos mamíferos 5,7%, aves 5% e cães 3,8%. Com essa tendência, especialistas projetam que os gatos possam se tornar os animais de estimação mais presentes nas famílias brasileiras nos próximos anos, superando os cães.
Os tutores de gatos frequentemente relatam comportamentos característicos dos felinos. Entre eles, destaca-se o hábito de acordar seus donos cedo com ronronados próximos ao rosto ou com as típicas "massagens" que só os bichanos sabem fazer.
O que começou como uma relação pragmática de controle de pragas evoluiu para uma forte conexão afetiva, na qual os felinos ocupam posição privilegiada nas famílias, muitas vezes determinando as rotinas domésticas. Como resultado dessa longa história evolutiva, os gatos passaram de caçadores selvagens a companheiros domésticos, conquistando um espaço especial nos lares e corações humanos.
Fonte: O Tempo