A CPMI do INSS colocou o governador Romeu Zema (Novo) no centro de novas apurações após vir a público, via Lei de Acesso à Informação, que a Zema Financeira — empresa ligada à família do chefe do Executivo mineiro — movimentou cerca de R$ 200 milhões em empréstimos consignados destinados a beneficiários do INSS.
As informações mostram que a companhia passou a operar nesse ramo em 2020, após firmar acordo com o instituto. Desde então, acumulou aproximadamente 69 mil contratos, impulsionada pelo crescimento do mercado de consignados, especialmente em 2023, quando os repasses mensais superaram a marca de R$ 6 milhões.
O pedido de convocação do governador foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que considera necessário esclarecer possíveis conflitos de interesse e eventuais favorecimentos. Enquanto opositores apontam suspeitas sobre a atuação da financeira, aliados de Zema classificam a iniciativa da CPMI como motivada por razões políticas.
Em manifestação enviada à comissão, o governador reiterou que deixou a gestão da empresa em 2018, antes de assumir o cargo, embora mantenha participação societária. A CPMI agora trabalha para estender seus prazos por mais 60 dias, a fim de dar continuidade às investigações.
*Com informações do Regionalzão