O defensor público Fabrizio de Moraes Barros Mussolin, um dos apoiadores da iniciativa, destaca que a importância desse convênio é a possibilidade de ofertar aos reeducandos, aptos ao convício em sociedade, a oportunidade de acesso à educação, como forma de ressocialização e de prevenção à reincidência criminal.
Para Mussolin, a medida inovadora segue a mesma linha do pioneirismo de Uberaba, que teve a primeira unidade prisional do Brasil a oferecer ensino superior a distância, sendo que reeducandos inclusive já se formaram. “É de suma importância que se possa dar uma qualificação profissional, porque muitos que estão cumprindo pena não tiveram formação profissional ou até educacional”, revela.
Além de dar educação para o reeducando, esta é uma das formas de prepará-lo para o mercado de trabalho. “Por ser voltado não só para transformar em profissional, essa pessoa que está à margem da sociedade, trazendo para dentro da comunidade, como também, em um aspecto mais amplo, buscar a diminuição da criminalidade. Muitos casos de crime são cometidos por pessoas que não têm emprego, não têm perspectiva de vida e que estão embalados na droga. A partir do momento que se planta essa semente na cabeça dos reeducandos e que os colocamos para trabalhar, acredito que haverá uma redução da criminalidade”, completa o defensor público Fabrizio de Moraes Barros Mussolin.