José Luiz Alves garante que todos os equívocos envolvendo sua condição de réu na ação penal do mensalão foram esclarecidos na quarta-feira durante a sustentação oral
José Luiz Alves garante que todos os equívocos envolvendo sua condição de réu na ação penal do mensalão foram esclarecidos na quarta-feira durante a sustentação oral feita pelo advogado Roberto Pagliuso, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele responde pelo crime de lavagem de dinheiro durante o período em que foi chefe de gabinete do então ministro dos Transportes, Anderson Adauto, por ter sacado R$600 mil no Banco Rural.
Para ele, o advogado “trouxe a verdade”, rebatendo a tese da denúncia da Procuradoria-Geral da República, a qual considera repleta de equívocos. Jose Luiz coloca que o procurador-geral, nas alegações finais, o tratou como “uma pessoa de menor importância”, por não ter nenhum elemento criminoso na sua conduta. Ele também reforça que sempre se colocou com absoluta tranquilidade na condição de réu e que irá aguardar com serenidade o término do julgamento. “Tudo o que mais quero é que este julgamento chegue ao fim e que termine este pesadelo” desabafa.
Defesa. Roberto Pagliuso, durante a sustentação oral, assegurou que José Luiz não tinha ciência de que praticava algo ilícito, visto que foi sacar o dinheiro acreditando que se tratava de dívida de campanha, e veio “na avalanche” da organização criminosa montada por Marcos Valério. O advogado argumentou que o cliente não tinha o dever de saber se os recursos eram ilícitos. Além disso, o defensor retomou a tese de que não há crime de lavagem de dinheiro sem delito antecedente que dê origem à verba suja, mas não se alongou na argumentação, que durou 17 dos 60 minutos previstos para a sustentação oral. Roberto Pagliuso também disse acreditar que seu cliente será libertado da condição de réu por um julgamento técnico, “porque ser réu já é um aprisionamento em si”.