Missão abre perspectiva de negócios com o Panamá

Missão Internacional realizada pelo Sebrae Minas e pelo Polo de Excelência em Genética Bovina levou ao Panamá representantes de empresas de Uberaba que integram o polo. A missão teve como objetivo conhecer o mercado panamenho da genética bovina, apresentar o Polo de Excelência como modelo de organização da cadeia, seu comitê gestor e as potencialidades das empresas parceiras para estabelecer possíveis parcerias.

Os empresários Vagner Motta e Ricardo Reuter participaram do XVI Congresso Mundial da Raça Brahman, realizado neste mês. Depois de 14 anos, o Panamá voltou a ser sede do evento, que é referência para a divulgação de tecnologias para o melhoramento genético e desenvolvimento de soluções para melhoria da carne bovina. “Tivemos a oportunidade de atualizar os participantes sobre as novas tecnologias, suas funcionalidades e práticas, e tendências de aplicações biotecnológicas”, salienta a analista do Sebrae Minas, Heloísa Tinoco.

Conforme Heloísa, foi realizado um “benchmarking funcional”, ou seja, uma análise daquele mercado, como forma de encorajar os empresários a procurar, além de suas próprias operações ou indústrias, fatores que influenciem a inovação e os resultados mais efetivos na aceleração do desenvolvimento de novos produtos e serviços de valor agregado.

Vagner Motta conta que vendeu uma máquina de congelação de sêmen e embriões para um dos maiores pecuaristas de lá. “Foi ótimo. Percebi que nosso equipamento está avançado na questão de tecnologia fora do Brasil. Fiz vários contatos com outros possíveis compradores e fornecedores”, declara Vagner.

Ricardo Reuter, diz que, além da prospecção de negócios relacionados ao descongelador eletrônico de sêmen com que trabalha, surgiu por parte da Universidade do Panamá interesse em receber conhecimento da metodologia desenvolvida por ele sobre Inseminação Artificial. “Nessa missão internacional de prospecção, fiz bons contatos. Ao que tudo indica, poderemos fechar negócios lá”, finaliza Ricardo.

O Polo de Genética articulou reunião com a Universidade do Panamá para estabelecer acordo para a transferência destes conhecimentos. “Temos como ofertar pacotes tecnológicos para o Panamá, via comitê gestor do Polo, que contém representantes do segmento agropecuário de Minas Gerais, para promovermos um relacionamento duradouro com aquele país e, mais do que a genética zebuína, oferecermos soluções tecnológicas que promovam o avanço da pecuária no Panamá. O cenário que vislumbramos nesta missão foi muito promissor, pois os panamenhos confiam na experiência pecuária do Brasil e são ávidos por nossas tecnologias”, salienta a coordenadora do Polo, Beatriz Cordenonsi Lopes.

Os desdobramentos desta missão serão apresentados ao comitê gestor do Polo de Genética para discussão de possíveis oportunidades de parceria com o Panamá.