Museu do Louvre reabre as portas três dias após roubo de joias

O Museu do Louvre, em Paris, reabriu nesta quarta-feira (22) três dias após o roubo de oito joias da Coroa francesa, avaliadas em mais de US$ 100 milhões (R$ 538 milhões). A polícia segue à procura dos quatro suspeitos que invadiram o museu no domingo (19), pela Galeria de Apolo, área que permanece interditada.

O grupo utilizou um caminhão com escada mecânica, obtido por meio de um falso contrato de mudança, para acessar o primeiro andar do edifício. Com uma serra circular, abriram uma janela e levaram nove peças históricas, entre elas uma tiara da imperatriz Eugênia e um conjunto de safiras da rainha Maria Amélia. Uma coroa foi abandonada durante a fuga.

Mais de 100 investigadores trabalham no caso, segundo o ministro do Interior, Laurent Nuñez. A promotora de Paris, Laure Beccuau, informou que os prejuízos somam € 88 milhões (R$ 550 milhões) e alertou que o valor de revenda é insignificante caso as joias sejam fundidas.

A direção do Louvre defendeu a segurança das vitrines, instaladas em 2019, e negou fragilidade no sistema. Já a ministra da Cultura, Rachida Dati, afirmou que não houve falha interna, mas criticou a vulnerabilidade na via pública que permitiu o acesso dos ladrões.

Com nove milhões de visitantes em 2024, o Louvre retomou as visitas normalmente nesta manhã, enquanto a presidente Laurence des Cars deve prestar esclarecimentos ao Senado francês sobre o caso.