O esquema criminoso aconteceu durante o Enem 2024; os investigados arrecadaram R$ 3 milhões com a plataforma falsa de inscrição no exame
O esquema criminoso aconteceu durante as inscrições do Enem 2024 (Foto/Paulo Pinto/Agência Brasil)
A Polícia Federal (PF) desarticulou, nesta quinta-feira (10), uma organização criminosa que arrecadou R$ 3 milhões com sites falsos de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que dá acesso ao ensino superior. No esquema, candidatos entravam em um portal que simulava informações e imagens do site oficial do Enem e faziam a inscrição, mas o pagamento era concluído para criminosos.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão domiciliar na cidade de Praia Grande (SP). Um dos alvos tem pelo menos 15 anotações criminais por estelionato. Também foram adotadas medidas restritivas de bens, para bloquear o montante obtido de forma ilegal.
A prática criminosa ocorreu no Enem 2024. De acordo com a PF, os investigados criaram sites falsos durante o período de inscrição oficial, entre 27 de maio e 14 de junho de 2024. O ambiente virtual simulava o criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável por criar e aplicar a prova.
A fraude publicidade enganosa, com o uso de sinais públicos do Ministério da Educação, do Inep e do governo federal para persuadir as vítimas. A partir da inscrição nesses sites falsos, os usuários faziam pagamentos para os criminosos acreditando se tratar de registro regular no exame.
Agentes identificaram que os pagamentos eram feitos via Pix para uma conta bancária vinculada a uma empresa privada que acumula reclamações na internet por práticas semelhantes, de cobrança indevida sem entrega de serviços ou produtos.
No esquema, os criminosos teriam recebido aproximadamente R$ 3 milhões. A cifra indica que mais de 35 mil candidatos caíram no golpe, a partir da taxa de R$ 85. Dessa forma, foram eliminados sumariamente do Enem 2024 pela ausência de inscrição pelo canal oficial.
A PF informou que continuará as investigações para identificar outros envolvidos no esquema, apurar a extensão dos danos e responsabilizar o grupo criminoso pela prática de fraude eletrônica com uso de meio virtual.
Fonte: O Tempo