A redução de juros anunciadas pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para estimular o consumo foi comemorada pelo setor lojista. A expectativa dos empresários do setor é de que todos os bancos privados também adotem a medida.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fúlvio Ferreira, as reduções nas taxas de juros anunciadas pelas duas instituições bancárias indicam a possibilidade de antecipar o aquecimento nas vendas que o comércio esperava para o segundo semestre do ano. “A decisão do Banco do Brasil e da CEF é muito boa para todos os segmentos produtivos. Acreditamos, agora, que idêntica medida será adotada pelos bancos privados”, observa Fúlvio.
Outra expectativa do segmento lojista é de que as concessões de crédito a juros mais vantajosos gerem um ambiente com mais capacidade de investimentos e presença de capital de giro para micro e pequenas empresas.
De outra parte, Fúlvio acredita que, com juros menores no cheque especial, por exemplo, certamente haverá uma revitalização muito boa para o instrumento cheque, sendo mais utilizado pelos correntistas e consumidores, na medida do volume atual atingido pelos cartões de crédito e nota promissória.
Condições. A CEF passou a usar novas taxas, com destaque para o cheque especial, cuja taxa mínima cai de 1,37% ao mês para 1,28%, e a taxa máxima cede dos atuais 6,89% ao mês para 6,83%. Na antecipação de restituição do Imposto de Renda, a redução foi de 2,19% ao mês para 2,07%, e no financiamento de veículos a taxa baixou de 1,73% para 1,68% ao mês. Nas operações com empresas, as maiores reduções são para cheque especial e desconto de duplicata. A taxa atual, de 2,15% ao mês no cheque especial, cai para 2,04%, e no desconto de duplicatas a taxa hoje vigente, de 2,59% ao mês, baixa para 2,48%.
O Banco do Brasil anunciou redução dos encargos financeiros praticados em diferentes linhas de crédito, para pessoas físicas e jurídicas. Destaque para a redução do cheque ouro empresarial, que teve a taxa mínima reduzida de 5,23% para 5,11% ao mês, enquanto a taxa máxima cede de 7,81% para 7,69%. Nas linhas de crédito fixo e rotativo para pessoas físicas, as taxas foram reduzidas nas diferentes modalidades, com destaque para o cheque especial, que cai dos atuais 7,91% ao mês para 7,85%.