GERAL

Relator pede condenação de Cunha e Marcos Valério por corrupção

Ministro-relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, pediu a condenação do atual deputado federal João Paulo Cunha

Publicado em 17/08/2012 às 01:49Atualizado em 19/12/2022 às 17:53
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O ministro-relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, pediu nesta quinta-feira (16) a condenação do atual deputado federal João Paulo Cunha pelos crimes de corrupção passiva (receber vantagem indevida), lavagem de dinheiro e peculato  (crime cometido por servidor contra a administração pública). Cunha é acusado de desviar dinheiro da Câmara dos Deputados quando presidia a Casa em 2003.

O relator também pediu que Marcos Valério e os sócios dele Cristiano Paz e Ramon Hollerbach sejam condenados pelos crimes de corrupção ativa (oferecer vantagem indevida) e peculato.

Barbosa foi o primeiro dos 11 ministros do Supremo a fazer a leitura de seu voto no processo do mensalão - ao votar, os ministros indicarão se condenam ou absolvem cada um dos 37 réus. O relator só analisou um item das acusações sobre o suposto esquema de compra de votos no Congresso Nacional.

"Condeno o réu João Paulo Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter recebido vantagem indevida no montante de R$ 50 mil por meio de mecanismos de lavagem de dinheiro. Condeno-o ainda por dois crimes de peculato, porque, mediante autorizações de subcontratações e pagamentos de honorários à agência SMP&B, desviou recursos públicos de que tinha posse em razão do cargo de presidente da Câmara, em proveito dos réus Marcos Valério e Ramon Hollerbach, e em proveito próprio”, disse.

“Condeno ainda Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz por corrupção ativa e peculato por terem oferecido vantagem indevida ao réu João Paulo Cunha em troca de atos de ofício que lhe seriam benéficos e por terem realizado desvio de recursos da Câmara”, concluiu ainda o relator.

Segundo a denúncia, João Paulo Cunha recebeu, em 2003, R$ 50 mil em vantagens indevidas da agência de Valério SMP&B, que tinha contrato com a Câmara.

Ele teria desviado ainda R$ 252 mil do contrato para o pagamento de um assessor particular. Conforme o Ministério Público Federal, os desvios na Câmara somaram R$ 1,077 milhão, uma vez que a agência de Valério recebia sem executar os serviços.

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