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Suspeitos de executar homem a tiros no Anatê são presos em Uberaba

PM aponta motivação passional e apreende revólver calibre .38, roupas com manchas de sangue e celulares dos envolvidos

Publicado em 10/12/2025 às 07:01Atualizado em 10/12/2025 às 07:49
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Polícia Militar prende dois suspeitos apontados como autor e apoio no homicídio ocorrido no Anatê. (Foto/Divulgação/PMMG)

A Polícia Militar (PM) prendeu, na noite desta terça-feira (9), o principal suspeito de invadir uma casa no Jardim Anatê 2 durante a madrugada e atirar quatro vezes contra o morador, Marcos Túlio Martins Bandeira, de 37 anos, que não resistiu aos ferimentos. A prisão ocorreu horas depois, durante rastreamento que levou os militares a roupas ensanguentadas escondidas em um tanque e à arma utilizada no homicídio, localizada em uma oficina na região.

As diligências começaram após a PM receber novas informações sobre o caso. A companheira da vítima relatou que, nos dias anteriores ao crime, seu companheiro estava recebendo ligações insistentes de um homem conhecido na região como Zé dos Morangos, que o perseguia e sempre questionava sobre um possível relacionamento com sua ex-companheira. O suspeito, segundo a real namorada da vítima, demonstrava ciúmes e chegou a viajar até outra cidade no fim de semana, Caldas Novas (GO), para tentar flagrar o suposto casal em um hotel. A vítima, porém, negava qualquer envolvimento com a ex do suspeito.

Testemunhas afirmaram ainda que, em ocasião anterior, o suspeito, que tem 54 anos, teria ido até a casa do morador para falar sobre o mesmo assunto, mas não foi atendido. Com essas informações, equipes chegaram ao endereço comercial do investigado, onde ele foi localizado. Questionado, o homem negou envolvimento direto, mas confirmou desconfiar do suposto relacionamento entre sua ex e a vítima, além de admitir ter perseguido o morador e sua namorada em viagem recente. Ele autorizou a entrada dos militares em sua residência, onde foram apreendidos uma calça jeans submersa em água e um par de coturnos — ambos com vestígios de sangue.

Imagens de câmeras de segurança próximas ao imóvel mostraram que o suspeito chegou em casa na noite do crime em um veículo utilitário branco, indicando participação de um segundo envolvido. O carro foi encontrado estacionado em outro bairro, e o motorista foi localizado. Ele admitiu ter ido ao encontro do suspeito por volta de 22h, relatando que ele pediu ajuda por estar sem roupas e com o carro quebrado. Ao entrar na residência, viu a arma utilizada no crime sobre um balcão e chegou a fotografá-la.

O motorista contou que levou o suspeito a um posto de combustíveis e, na sequência, a um bar. Minutos depois, o suspeito teria retornado agitado, com a arma na mão, ordenando que fossem embora. Já próximo da casa, ele pediu que a arma fosse escondida. O comparsa então levou o armamento até uma oficina pertencente a um familiar, onde o escondeu dentro de um pneu. O objeto foi encontrado por militares após indicação do segundo suspeito.

Durante a entrevista, o suspeito deixou cair um cigarro consumido pela metade, recolhido pela Polícia Civil para possível perícia.

O crime

A investigação confirma que o ataque ocorreu na madrugada desta terça-feira (9), quando o morador dormia em sua casa na rua João Miguel de Faria. O invasor, vestido com roupas escuras e touca, arrombou o portão e a porta da cozinha, entrando silenciosamente até o quarto. Lá, disparou à queima-roupa contra o abdômen da vítima.

Mesmo ferido, o homem reagiu e entrou em luta corporal, momento em que foi atingido novamente no peito e, depois, mais duas vezes nas costas. O atirador fugiu em seguida, possivelmente em uma motocicleta com escapamento barulhento. A vítima conseguiu chegar até a calçada e acionar a Polícia Militar.

A Polícia Civil segue investigando a motivação — que envolve ciúmes e possível disputa emocional — e a participação dos dois envolvidos, com base no material apreendido e nos depoimentos. Ambos foram conduzidos à delegacia.

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