A postura dos vereadores contrários à inclusão da Semana do Orgulho GLBT no calendário de eventos do município, a abstenção de Jorge Ferreira e a saída do plenário de Almir Silva (PR) e Antônio Lerin (PSB) no momento da votação receberam comentários cautelosos dos autores do projeto.
O presidente Lourival dos Santos (PCdoB), autor da proposta, juntamente com os vereadores Afrânio Lara Resende (PP) e Cléber Cabeludo (PMDB), respeita a visão religiosa de José Severino (PT) e Samuel Pereira (PR), que declinaram voto desfavorável, embora o projeto estabelecesse a inclusão ao calendário de eventos, e não a aprovação divina no tocante à orientação sexual do público GLBT. “É direito de cada um pensar como quiser, mas ainda é grande a discriminação para com os homossexuais na atualidade”, analisou Lourival. O presidente da CMU disse acreditar no fim do preconceito com o passar do tempo, a exemplo do que ocorreu com as mulheres, antes impedidas de votar e que hoje dominam diversos setores da sociedade.
Já Afrânio Lara considera pior a atitude dos que deixaram o plenário para não votar a matéria do que os que declinaram votos contrários e abstenção. “Mesmo não concordando, respeito a atitude deles.”
Semelhante postura de respeito afirmou ter o líder governista Cléber Cabeludo, mas desconversou, preferindo não entrar em detalhes quanto à postura dos colegas. O vereador se limitou a dizer que está satisfeito com a aprovação do projeto em razão do poder público não ter demonstrado discriminação.
Avançando na análise, lembrou a formação da equipe do reality show da Rede Globo, contemplando a diversidade ao incluir três homossexuais na última edição do BBB.