POLÍTICA

Acordo prorroga trabalhos de comissão que negocia reposição de perdas do ICMS

Gisele Barcelos
Publicado em 05/11/2022 às 17:06Atualizado em 15/12/2022 às 23:41
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Em concordância com os governos estaduais, trabalho da comissão especial que negocia acordo para compensação de perdas no ICMS foi prorrogada até 30 de novembro. O prazo para fechar a discussão se encerraria na última sexta-feira (4), mas o governo federal solicitou mais tempo ao Supremo Tribunal Federal (STF), que criou o grupo em busca de conciliação.

Além de ainda não haver definições sobre como compensar a perda de receitas, devido à redução na alíquota do imposto, um dos motivos para a prorrogação é a mudança de gestores por causa do resultado das eleições deste ano.

Os representantes dos Estados manifestaram a necessidade de participação de representantes de governos eleitos em âmbito federal e estadual para discutir os impactos orçamentários das negociações a partir do ano que vem.

Também ficou acertado com o STF que os estados apresentarão ao governo federal propostas de metodologia para definir a forma de compensação das perdas decorrentes da redução da arrecadação do ICMS.

Os governos estaduais têm até 10 de novembro para entregar as propostas para a União. Caso não haja acordo entre as partes sobre o método de aferição das perdas e da forma de compensação, uma nova reunião está prevista para 14 de novembro.

O grupo de conciliação foi criado por determinação do ministro Gilmar Mendes, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), na qual 11 estados questionam a lei, que reduziu a alíquota de ICMS para combustíveis e outros setores.

Os estados defendem que a norma é inconstitucional, pois fere o pacto federativo e a autonomia dos entes subnacionais. Ajuizaram a ação os governadores dos estados de Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Piauí, Bahia, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Sul.

Sem o ressarcimento pela redução na alíquota do ICMS em Minas Gerais, a estimativa é que a Prefeitura de Uberaba pode perder R$60 milhões em arrecadação por ano.

Enquanto os mecanismos de compensação, a partir de 2023, permanecem em debate, uma liminar do STF vem assegurando repasses este ano para minimizar a perda de receitas em Minas Gerais. Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda, prefeituras mineiras já receberam duas parcelas da compensação das perdas de arrecadação do ICMS. Quase R$5 milhões já foram destinados a Uberaba para evitar prejuízos em função do corte na alíquota do tributo.

 

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