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Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou para consulta pública dois projetos de gasodutos que colocam Minas Gerais entre as prioridades de expansão da malha nacional de gás do Brasil. O primeiro deles liga Iacanga (SP) a Uberaba e o segundo, Bragança Paulista (SP) a Extrema, no Sul de Minas.
Para o ex-prefeito Anderson Adauto, esta é uma vitória importante, pois Uberaba foi incluída na política pública dos dutos. A próxima etapa, segundo ele, é definir o preço do gás. “Avançamos muito. Conseguimos um programa, que foi o Gás para Empregar, e agora tem Uberaba incluída na política nacional de dutos. Falta agora definir o preço da molécula de gás”, ressaltou.
Conforme os projetos, os empreendimentos somam R$3,3 bilhões em investimentos em construção e material, segundo estimativa da EPE. Mas o mercado, no entanto, prevê que apenas o ramal de Uberaba chegue a R$5 bilhões.
A expectativa é de que os gasodutos interiorizem a infraestrutura energética, reduzam custos logísticos e diversifiquem a matriz estadual, fatores considerados essenciais para a competitividade industrial e a atração de investimentos para Minas.
O gasoduto Iacanga–Uberaba terá 260 quilômetros de extensão, dos quais 30 km aproveitarão faixas de domínio já existentes. A expectativa é de um investimento de R$3,145 bilhões, com capacidade de fluxo bidirecional de 6 milhões de metros cúbicos por dia.
Conforme a EPE, o projeto atenderia à crescente demanda do Triângulo Mineiro e ainda pode viabilizar duas frentes estratégicas: o polo gás-químico de Uberaba, planejado há mais de uma década, e a cadeia de produção de biometano a partir de resíduos da cana-de-açúcar, cujo cultivo é predominante na divisa de Minas com São Paulo e Goiás.
A EPE publicou a versão para Consulta Pública do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano. O documento apresenta os projetos selecionados para este ciclo do PNIIGB, trazendo justificativas e detalhamento de cada escolha, bem como análises de custo e diagnóstico dos seus impactos do ponto de vista socioambiental, de conexão com a infraestrutura existente e de emprego e renda.
Esta etapa de elaboração do Plano permite a participação pública com término é previsto para o próximo dia 28, com o objetivo de ampliar a possibilidade de contribuições pelos diversos agentes do mercado de gás natural e biometano. (ML)