Orçamento prevê apenas a recomposição da inflação para funcionalismo da Prefeitura este ano, mas situação não impede que índice maior seja concedido à categoria. A informação é do secretário municipal de Fazenda, Roberto Tosto, ressaltando que tudo dependerá do cenário financeiro atual verificado durante a negociação com os sindicalistas.
O titular da pasta declarou a pauta de reivindicações do funcionalismo já está sendo analisada e a primeira rodada de negociação deve ocorrer antes do fim de março, mas não especificou se já existe uma contraproposta do governo. “Neste momento, não posso adiantar nada”, disse.
Questionado, o secretário afirmou que a peça orçamentária aprovada no ano passado não prevê nada além da inflação este ano. No entanto, ele ressaltou que o índice sempre é base para elaboração do projeto a cada exercício e eventual ganho real é debatido posteriormente. “Tudo é discutido, mas temos que ver o quadro. Nós vamos ter novas admissões e temos nomeações [do concurso] que vão ser feitas. Isso tudo vai onerar a folha. Então, a gente tem que ter responsabilidade”, acrescentou.
Conforme o titular de Fazenda, a palavra final sobre o índice de reajuste salarial cabe à prefeita Elisa Araújo (PSD), considerando todos os fatores. “Que nosso orçamento está muito apertado não é novidade, mas a gente vai buscar um consenso com as entidades que representam os servidores”, posicionou.
A pauta de reivindicações para a campanha salarial deste ano pleiteia reajuste de 15% para o funcionalismo municipal. O índice abrange 4% de aumento real e, também, a variação da inflação medida pelo INPC ao longo de 2024 e perdas salariais dos últimos quatro anos.
A categoria também quer aumento do tíquete-alimentação de R$1.040 para R$1.144, bem como o pagamento de abono natalino no valor de R$418,39 para os servidores da Prefeitura este ano.