A revitalização da rua Artur Machado gerou confuso e improdutivo debate no plenário da Câmara ontem. A representante dos comerciantes, Rita de Cássia Vilas Boas, afirmou ser o segmento contrário ao prolongamento do calçadão entre a avenida Leopoldino de Oliveira e o quinto quarteirão da via.
Favorável à padronização dos toldos e placas de propaganda e melhoria na fachada, previstas no projeto desenvolvido pela PMU, a comerciante se opõe à retirada do trânsito, justificando não ser o primeiro trecho do calçadão um bom exemplo para Uberaba. Segundo ela, são comuns assaltos, além dos problemas de infraestrutura no local, demandando revitalização antes de “bater o martelo” quanto ao restante. Em seu entender, a criação da Área Azul e a delimitação das vagas para os mototaxistas contemplam os anseios dos comerciantes.
Rita de Cássia se pronunciou em nome dos lojistas do segundo ao quarto quarteirão, mas foi contraposta pelo representante dos comerciantes instalados no Centro Popular de Compras, o conhecido “Camelódromo”. Defendeu Cleiton a instalação do calçadão sem obstruir as vias que o entrecortam, adequando-o na totalidade, sem excluir nenhum quarteirão. Disse o comerciante ter coletado 118 assinaturas de empreendedores favoráveis ao projeto.
Informações são divergentes em razão de o abaixo-assinado ter sido protocolado na Prefeitura por intermédio do vereador João Gilberto Ripposati (PSDB), solicitando ao prefeito ouvir os comerciantes antes de tomar qualquer decisão.
Tony Carlos interveio, informando a possibilidade de o prefeito acatar a sugestão de revitalizar o trecho iniciado na praça Rui Barbosa, construindo inicialmente o quinto quarteirão. Documento está sendo elaborado pelo secretário de Planejamento, Karim Mauad, que deve encaminhado ao prefeito na próxima semana para avaliação.
A proposta dividiu o plenário entre os defensores do consenso e os contrários à ideia, entre os quais o presidente Lourival dos Santos (PCdoB). “Para que reinventar a roda? Acho que o estacionamento em ambos os lados, a exemplo do período natalino, facilitaria o comércio”, analisou.