Candidatos articulam em silêncio

Candidatos à presidência da Câmara Municipal aproveitam o recesso parlamentar para articular a campanha e conduzir composições. O processo, no entanto, é mantido sob muita discrição pelos presidenciáveis ouvidos pelo Jornal da Manhã.

Último a lançar candidatura, o republicano Samuel Pereira disse estar bastante empenhado nos contatos que vem mantendo com os colegas, que, segundo ele, estão tendo boa receptividade ao seu nome. Ontem, o vereador se reuniu com o presidente do PR, Antônio Sebastião de Oliveira (Toninho), para que solicite ao deputado federal Aelton Freitas (PR) apoio à sua candidatura. Samuel reafirmou o pedido feito a Anderson Adauto (PMDB) para não interferir na sucessão da Mesa Diretora.

A mesma base partidária reúne outro candidato à sucessão de Lourival dos Santos (PCdoB): Almir Silva (PR). Segundo ele, faltam quatro vereadores com os quais não conversou, mas pretende fazê-lo o mais breve possível. Sem divulgar muitos detalhes, o radialista declarou que não depende apenas de sua vontade, uma vez que não pode ser candidato de si próprio, mas de um grupo. “O importante é que não tem briga, nem picuinha”, frisou.

O líder de oposição, Itamar Ribeiro (DEM), informou que está mantendo o tradicional corpo-a-corpo, sem ainda ter efetuado reunião específica para tal finalidade. Dos quatro, foi o único a externar com clareza sua real situação frente à disputa. Disse não reunir hoje o número de parlamentares suficiente para assegurar sua eleição. Reitera, no entanto, que não “jogou” seu nome apenas para tumultuar a sucessão, e sim tem um claro propósito de alcançar a presidência e está trabalhando para isto.

“Se eu contar para a polícia onde está o bandido, certamente este não será preso.” Com esta frase Luiz Dutra abriu e encerrou a entrevista, alegando faltar ainda mais de 40 dias para a formação e apresentação das chapas. Limitou-se a dizer que deseja presidir o Legislativo pela segunda vez e para tanto conversará com todos, respeitando a opinião de cada um em função de a Casa ser democrática.