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O governo de Minas Gerais decretou estado de emergência sanitária animal devido ao risco de disseminação da gripe aviária no estado. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial e tem como objetivo reforçar ações de vigilância e controle da doença.
A decisão foi tomada após a confirmação de caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves ornamentais — que não são destinadas ao consumo humano — na região metropolitana de Belo Horizonte. As aves contaminadas são dois gansos e um cisne-negro silvestre, mantidos em sítio na cidade de Mateus Leme. O local não é uma granja comercial.
Em nota, a Prefeitura de Mateus Leme informou que “não há motivo para pânico” e que “todas as medidas necessárias estão sendo rigorosamente cumpridas”.
Na última semana, o estado de Minas Gerais descartou 450 toneladas de ovos oriundos de granja da cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde o Ministério da Agricultura confirmou presença do vírus. A ação teve caráter preventivo, para evitar a propagação do foco.
Minas é o segundo maior produtor de ovos do Brasil e o quinto na produção geral de aves. Segundo o governo estadual, até o momento, não há impacto na cadeia produtiva avícola.
Até o fechamento desta edição, a Secretaria Municipal do Agronegócio de Uberaba (Sagri) não havia se manifestado oficialmente sobre o decreto estadual. No entanto, o município já vinha adotando medidas previstas no protocolo de prevenção estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com supervisão do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
De acordo com o secretário do Agronegócio, Agnaldo Silva, não houve notificação de casos suspeitos ou confirmação da doença em Uberaba. “Estamos em contato constante com o IMA e seguimos em estado de vigilância”, afirmou.
Atualmente, o município possui 145 granjas cadastradas junto ao IMA. Desse total, 110 são de aves de subsistência, 30 são granjas comerciais registradas, duas são voltadas para ensino e pesquisa, além de um avozeiro, um incubatório e um matrizeiro registrados junto ao Ministério da Agricultura.