Foto/Bruno Cantini
Em Uberaba neste domingo (28) para o lançamento da campanha de Franco Cartafina (PP) e Rochelle Gutierrez (PP), o candidato ao Senado, Marcelo Aro (PP), minimizou os rumores de insatisfação do MDB por ficar fora da chapa majoritária encabeçada por Romeu Zema (Novo). Aro declarou ter o apoio da maioria dos emedebistas e considerou natural existirem pessoas discordantes.
Inicialmente, o ex-prefeito Paulo Piau tentava viabilizar candidatura a senador pelo MDB e até defendeu o projeto publicamente na convenção do partido no início do mês. Entretanto, a direção estadual do MDB comunicou no evento que não lançaria nome próprio ao Senado e decidiu pelo apoio à chapa de Zema com Marcelo Aro na disputa ao Senado. A situação até foi questionada pelo ex-senador Wellington Salgado, o que levou a especulações nos bastidores de um racha interno na sigla.
Questionado, Marcelo Aro negou que exista uma ruptura. Segundo ele, é difícil conseguir a adesão total dos filiados e podem surgir opiniões divergentes, mas assegurou que a aliança formada foi bem aceita no geral.
"Obviamente jamais vamos conseguir a totalidade. Acho que nenhum candidato tem a totalidade dos apoiadores nem no seu próprio partido. É natural que a gente desagrade um ou outro, mas, em sua maioria esmagadora, o MDB tem marchado junto conosco e o clima é muito amigável e muito produtivo", disse.
Aro também reforçou que o MDB tem o Gil Antônio Diniz, conhecido como Teteco, como o segundo suplente a senador na chapa majoritária. A vaga para a primeira suplência ficou com o Avante, que apresentou o nome da advogada Camila Soares de Oliveira.
O candidato a senador pelo progressista ainda manifestou que era completamente legítima a pretensão de Piau de disputar uma vaga no Senado. Entretanto, ele avalia que a liderança do MDB não passou por cima do projeto, apenas houve uma escolha por outro caminho.
"Tenho certeza que a pretensão dele de ser candidato ao Senado era completamente legítima, mas não acredito que foi tratorada. Acredito que foi uma decisão da Executiva do MDB. Democraticamente optaram por não lançar uma candidatura própria e nos apoiar", argumentou.
Aro também foi perguntado sobre as pesquisas que apontavam uma vantagem de Alexandre Kalil (PSD) na disputa ao Governo de Minas quando associado ao nome do ex-presidente Lula (PT), mas não quis se posicionar sobre o assunto. Ele alegou que as pessoas não estão preocupadas com as pesquisas e se limitou a defender o trabalho realizado por Zema ao longo do primeiro mandato.