Análise contratada pela Codau, e já concluída, descarta a alternativa de ampliar o abastecimento de água da cidade por meio de poços artesianos profundos
Presidente da Codau, José Waldir de Souza Filho, diz que o estudo aponta que a profundidade dos poços em Uberaba torna esta captação mais onerosa. Foto/Jairo Chagas
Estudo técnico descartou poços profundos como alternativa para ampliação do abastecimento de água em Uberaba. A informação foi antecipada pelo presidente da Codau, José Waldir de Souza Filho, ressaltando que o levantamento foi concluído em setembro e será apresentado para a comunidade em audiência pública até o fim do ano.
Em entrevista à Rádio JM ontem, o presidente da Codau explicou que o estudo mostrou o custo em reais por metro cúbico para utilizar a água dos poços profundos, do rio Araguari e do rio Grande. Segundo ele, a análise apontou que a captação dos poços seria muito onerosa e a alternativa foi descartada como segunda fonte de abastecimento.
De acordo com José Waldir, entre os fatores que encarecem o uso dos poços é a localização da cidade, pois a água está disponível em camadas mais profundas. “O custo de captação é muito alto, porque tem um gasto energético elevado em função da profundidade”, acrescentou.
Além disso, o presidente da Codau mostrou que seria necessário implantar diversos poços profundos para suprir a demanda de abastecimento da cidade. Desta forma, ele ressaltou que os poços serão apenas utilizados para atender em casos pontuais e situações de crise, como no período em que os rios sofrem durante a estiagem.
Questionado, o dirigente da companhia informou que o estudo mostrou que os rios são a alternativa mais viável financeiramente para ampliar as fontes de abastecimento da cidade. No entanto, ele não respondeu se a melhor opção seria a água do rio Araguari ou do rio Grande. “O mais barato são os rios. O valor por metro cúbico é bem próximo entre os dois. A diferença é uma questão de centavos”, disse, sem especificar qual o caminho ideal indicado pelo levantamento.
De acordo com José Waldir, os detalhes serão divulgados somente na audiência pública que será marcada para apresentar a conclusão do estudo à comunidade. Ele informou que a data ainda não foi confirmada, pois também depende da agenda da prefeita Elisa Araújo (Solidariedade).
Encerrada a consulta popular, a companhia dará início à elaboração dos projetos para a futura implantação da segunda fonte de abastecimento. O objetivo é deixar o projeto contratado da nova captação e, também, para a instalação de uma nova adutora e ETA (Estação de Tratamento de Água).
Independente de qual rio for escolhido para ser a segunda fonte de abastecimento, o presidente da Codau manifestou que a minuta do edital para contratação da obra da nova captação e Estação de Tratamento de Água já está pronta. “Os dois sistemas são semelhantes porque a água dos dois rios é classe 2”, finalizou.