(Foto/Lauren Bishop)
O segundo Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2025 identificou a região que congrega todos os bairros Alfredo Freire, DI-1, Jardim Uberaba, Grande Horizonte, Pontal, Tutunas e os condomínios Recanto das Torres e Villaggio Di Fiori como sendo a mais afetada pela presença do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, com um índice alarmante de 6,9% em média.
A coleta de dados foi realizada entre os dias 19 e 23 de maio, em 8.604 imóveis de Uberaba, por cerca de 200 agentes de endemias. A região do “Grande Fabrício” apresentou índice de 4,7%, o mesmo registrado em bairros como Boa Vista, Estados Unidos, Frei Eugênio e Guanabara. Essas regiões, segundo os dados, estão em risco iminente de epidemia.
Segundo os critérios do Ministério da Saúde, índices abaixo de 0,9% são considerados satisfatórios. De 1% a 3,9% representam estado de alerta e, acima de 4%, há risco iminente de surto ou epidemia. A média geral em Uberaba no levantamento foi de 3%, indicando necessidade de intensificação nas ações de controle.
O histórico do LIRAa no município mostra que, desde 2021, os índices registrados neste período do ano variam entre 2,3% e 3%. As menores taxas costumam ocorrer em agosto, com variações entre 0,9% e 1,3%. Já o mês de janeiro, que concentra o período chuvoso, é historicamente o mais crítico. Entre 2014 e 2025, o índice variou de 2,3% a 8,9%, sendo este último registrado em 2020. Em janeiro de 2025, o índice foi de 8,1%.
O LIRAa é uma ferramenta estratégica recomendada pelo Ministério da Saúde para identificar os principais focos de reprodução do mosquito e orientar ações de combate nas regiões mais afetadas, com o objetivo de prevenir surtos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Boletim. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Uberaba registra, até o momento, 2.934 casos confirmados de dengue. Outros 17.896 casos estão sob investigação. Neste ano, 15 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e 11 mortes estão em análise.
Já o boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) aponta sete casos confirmados de febre chikungunya no município, com 80 casos suspeitos. Não há registro de mortes pela doença nem de casos de zika vírus até o momento.