POLÍTICA

MP denuncia homens que jogaram dejetos em evento de Lula por associação criminosa

Gisele Barcelos
Publicado em 03/11/2022 às 20:40Atualizado em 15/12/2022 às 23:48
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Drone que teria sido usado para jogar resíduos agrotóxicos sobre o público, em evento de Lula em Uberlândia, e que foi apreendido pela Polícia Militar. Foto/Reprodução

O Ministério Público Estadual em Uberlândia apresentou denúncia contra quatro homens acusados de jogarem resíduos agrotóxicos em apoiadores do candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participavam de evento partidário no município, em junho deste ano.

Na petição, o Ministério Público requer que os denunciados sejam condenados por associação criminosa e por colocar a vida de terceiros em perigo. As infrações podem resultar em pena de prisão por até três anos, segundo o Código Penal.

Além disso, a Promotoria pediu a fixação de valor mínimo para reparação dos danos materiais e morais causados pela infração, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.

Os acusados também podem responder por transporte inadequado de resíduos agrotóxicos e prática de aviação em lugares não destinados para esse fim, o que pode ser punido com multa.

De acordo com a denúncia, os quatro acusados desembarcaram o drone nas imediações do local do evento e atingiram pessoas que estavam concentradas no lugar, antes do início da programação.

Conforme a investigação feita pela Promotoria, um dos denunciados assumiu o controle da aeronave e a direcionava sobre as pessoas que aguardavam a realização do comício. Quando o drone voava a menos de 30 metros de distância do público, o denunciado acionou o pulverizador do equipamento, atingindo propositadamente diversas pessoas, entre elas crianças e idosos, expondo a saúde e a vida de todos a perigo direto e iminente.

Consta na denúncia, que a substância que atingiu as pessoas possuía cheiro forte e fétido, causando coceira imediata, vômito e náuseas em diversas vítimas. Segundo relatos citados na denúncia, com o início da ação, houve pânico e as pessoas no local tentaram correr e se abrigar do líquido pulverizado. Entretanto, o operador do drone, efetivamente, perseguiu e direcionou o equipamento sobre elas, conseguindo atingi-las.

Na petição, a Promotoria requer que os denunciados sejam citados e intimados para apresentarem resposta à acusação, a inquirição das vítimas e testemunhas arroladas, prosseguindo-se o feito até o final sentença condenatória.

 

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