Oposição avalia como eleitoreira a presença de ministros em Uberaba. Para o grupo, as agendas oficiais não justificavam a reunião dos representantes dos três ministérios
Oposição avalia como eleitoreira a presença de ministros em Uberaba às vésperas do segundo turno. Para o grupo, as agendas oficiais não justificavam a reunião de representantes do Ministério das Cidades, da Educação e dos Transportes.
De acordo com o presidente do PSDB, Luiz Cláudio Campos, as obras em andamento são positivas para o município. Entretanto, ele entende que o porte dos eventos não justificava a mobilização da equipe ministerial. “Tem um significado eleitoral de fato. Qual a relevância de estar presente para liberar o tráfego de um viaduto?”, questiona, referindo-se à agenda do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
O titular da Educação, Fernando Haddad, veio para inaugurar prédio reformado da UFTM, em funcionamento há mais de um mês. No caso do ministro das Cidades, Márcio Fortes, houve apenas a visita técnica a conjuntos habitacionais, a maioria ainda em construção.
Salientando que o período motiva a presença até para inauguração de placas de início de obras, Campos lembra que os discursos nas solenidades já vem com a mensagem de preferência eleitoral.
O prefeito Anderson Adauto (PMDB) coloca que as visitas dos ministros foram institucionais e importantes para conversar sobre os pleitos do município. Entretanto, ele admite que o período eleitoral está em vigor e os representantes do governo Lula aproveitaram para divulgar as ações do grupo. “Foi na véspera da eleição. Todo mundo estava com a língua coçando, querendo falar da Dilma, mas ninguém falou da Dilma. Enaltecemos sempre as obras do governo federal”, defende.