Não foi desta vez que o orçamento participativo saiu do papel. Proposta seria ouvir a comunidade para elaboração da peça orçamentária referente a 2011. Entretanto, nenhuma consulta à população foi realizada antes do envio do projeto à Câmara Municipal, na semana passada. Agora, a previsão é implantar o processo no ano que vem.
Segundo o assessor de orçamento participativo José Paulo Kefalás (PT), não foi possível implantar o sistema este ano porque há ainda dúvidas se o melhor é o modelo das assembleias ou participação digital da comunidade. Inicialmente, ele explica que a proposta seria dividir a cidade em regionais e convocar plenárias para os moradores apresentarem sugestões, sendo o conteúdo final discutido em reunião geral com representantes de cada região.
Entretanto, Kefalás salienta que Belo Horizonte e outros municípios já implantaram sistema digital, via internet. Neste caso, seriam disponibilizados em cada regional computadores para o cidadão indicar obras e projetos direcionados ao bairro e também à cidade em geral. “Mas precisamos criar software com login e senha para não repetir votação e ficar tendencioso o resultado”, pondera.
O assessor informa que audiência pública em parceria com vereadores está sendo organizada para debater as duas modalidades de orçamento participativo, verificando qual seria mais prática e adequada às condições técnicas do município. O evento deve acontecer antes da primeira quinzena de novembro. Apesar do atraso este ano, Kefalás declara que o sistema estará implantado para elaboração do orçamento 2012.