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A prefeita Elisa Araújo (PSD) garantiu que não há relação de compromisso entre o governo municipal e a empresa prestadora do transporte escolar rural, que está sendo investigada por um possível esquema de fraude no processo licitatório para a prestação do serviço.
A chefe do Executivo foi questionada se o fato de a empresa vencedora ser uma das patrocinadoras da Escola de Samba Tom Maior, que tem Uberaba como tema do carnaval 2026, teria outras implicações. De acordo com Elisa, o pedido de patrocínio foi feito a muitas outras empresas, pois não será colocado dinheiro público no desfile da Tom Maior no carnaval paulista.
“Não temos compromisso com essa empresa. Todo o processo licitatório cumpriu as normas da legislação federal. E, quando o Ministério Público abriu investigação, tudo o que nos foi solicitado à Prefeitura foi encaminhado. Colaboramos com a investigação”, frisou Elisa Araújo.
Ela ainda destacou que, em sua gestão, mais de 100 notificações foram feitas à empresa responsável pelo transporte escolar rural, por descumprimento de termos do contrato. E que a Prefeitura já agiu contra mais de 20 empresas que também não cumpriram com suas obrigações.
“Fazemos aquilo que está ao nosso alcance. Tudo que a lei permite que a Prefeitura possa agir, para que os contratos de prestação de serviços sejam cumpridos, nós fizemos. Infelizmente, há limitações para agirmos em algumas situações. Mas estamos firmes na fiscalização dos serviços prestados ao município”, destacou Elisa.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou a Operação Todas por Uma, ação com o Ministério Público de São Paulo e de forças policiais dos dois estados, para desarticular esquema de fraude em processo licitatório envolvendo o transporte escolar rural no município de Uberaba.
As suspeitas envolvem as três empresas classificadas nos primeiros lugares do Pregão Eletrônico 44/2024. Conforme o Ministério Público, há fortes vínculos entre a primeira e a segunda colocadas, enquanto o administrador da terceira teria representado a primeira em licitações anteriores no Estado de São Paulo. O MP identificou ainda parentesco entre sócios e constatou que o endereço informado pela terceira colocada corresponde, na prática, a uma garagem de apoio da empresa vencedora. A segunda colocada, conforme apontou o promotor, seria uma empresa de fachada, sem capacidade para executar o serviço.
A operação cumpriu mandados de busca e sequestro de bens que somam R$12 milhões.