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A reivindicação sobre a reativação do ramal ferroviário do Distrito Industrial 2 junto à VLI Logística vem desde 2022, quando empresários, à época, cobraram do Poder Público municipal a volta do trecho. A justificativa para a reativação seria a força do agronegócio regional, com significativas produções de cana, soja, café e milho, além de contêineres do porto seco.
Os empresários cobraram ainda a implantação de um terminal de transbordo no DI-2. Há três anos, quando da reunião de empresários interessados na reativação do ramal com a Secretaria Municipal de Agronegócio (Sagri), Certrim e Emater, foi apresentado levantamento que apontava capacidade estática de armazenamento de grãos no distrito, algo em torno de 320 mil toneladas e o crescente movimento de contêineres na Eadi de Uberaba. Em 2022, ficou acertado que seria apresentado um projeto à concessionária da linha ferroviária e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que mostrasse de forma objetiva o traçado a ser reativado, cerca de 5 mil metros de linha férrea.
A Prefeitura chegou a cobrar na Justiça a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para que reativasse o trecho de 5 quilômetros de trilhos no DI-2. Em outubro de 2024, a Prefeitura voltou a cobrar a medida, durante a Audiência Pública aberta pela ANTT. O Executivo alegou que está empenhado em resolver essa situação, visto que o ramal não poderia ser desativado, uma vez que ele estava no contrato de concessão.
Na ocasião, a Procuradoria-Geral do Município informou que a empresa participou do processo licitatório e tinha ciência dos trechos que deveria assumir com a assinatura do contrato, não apresentando qualquer oposição quanto à manutenção do ramal no DI-2.
Nesta semana, o vice-prefeito Mauricinho de Sá (PSD), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Celso Neto; o chefe de Gabinete, Caio Presotto, e o secretário de Comunicação, Marcos Ferreira, reuniram-se com diretores da VLI Logística e voltaram a cobrar a reativação do ramal ferroviário do DI-2.
No encontro, o gerente-geral de Regulatório da VLI, Rafael Magalhães Furtado, disse que o ramal não está contemplado no atual modelo de concessão. No entanto, um novo estudo poderá ser elaborado para viabilizar sua inclusão, diante da relevância da linha para a região.
Celso Neto afirmou que irá articular encontros com empresários do setor. O objetivo é estruturar um estudo técnico que comprove a importância do Ramal do Cassu para a logística local.
Uberaba possui o maior terminal da VLI, considerado parte fundamental do Corredor Centro-Sudeste, uma das principais rotas de escoamento das exportações do agronegócio brasileiro.
Atualmente, o terminal é responsável pelo transporte e armazenagem de grãos e pela movimentação de açúcar, caracterizando-se como um dos maiores e mais modernos terminais de carga da América Latina.