PMDB já está se articulando rumo às eleições de 2012 e pelo menos dois filiados já se posicionaram claramente como pré-candidatos
O PMDB já está se articulando rumo às eleições de 2012 e pelo menos dois de seus filiados já se posicionaram claramente como pré-candidatos à sucessão do prefeito e peemedebista Anderson Adauto. Os vereadores Tony Carlos e Marcelo Machado Borges, o Borjão, colocaram seus nomes oficialmente à Executiva do partido, durante encontro no sábado. Mais comedido, o deputado federal Paulo Piau – que foi quem convocou a reunião e tem sido apontado como o sucessor natural de AA – colocou apenas que vai participar do processo eleitoral.
Piau reiterou ao Jornal da Manhã que ainda é cedo demais para falar em candidatura, mas entende que cada um tem uma maneira de se posicionar, em que pese alguns serem mais “afoitos”. O deputado, no entanto, diz que é importante que o PMDB tenha nomes em evidência para ver quem está mais bem posicionado e, a partir daí, traçar um caminho rumo a 2012. “Todo partido que se preza tem que ter pré-candidatos e com o tempo as conversas vão se afunilando, senão a gente nem senta para discutir sucessão”, ensina, acrescentando que a legenda também quer fortalecer seu quadro de filiados para a disputa aos cargos de vereador.
Mas tudo isso passa também pela discussão dos problemas do partido, revela Piau, que não se furtou a comentar sobre o que chamou que “quireras” internas que estão sendo resolvidas. E ele deu nome e sobrenome ao caso mais explícit Marcelo Borjão. O vereador tem se envolvido em seguidos embates com a legenda e até representou contra o comando do diretório, junto à Executiva mineira, por infidelidade partidária nas eleições de 2010, quando Tony Carlos saiu candidato a deputado estadual sem o apoio dos peemedebistas.
Fiel ao seu estilo, Borjão defende que o PMDB apresente uma nova liderança, não um dono, em alusão ao prefeito Anderson Adauto, que não participou do encontro deste sábado. E mais: disse que fica bobo com o fato de AA não indicar um sucessor, “não eu, por causa dos nossos embates, mas e o Cléber [Cléber Humberto de Souza Ramos, o Cabeludo, seu líder na Câmara] que é seu fiel escudeiro?”, questiona, informando que foi contrário à citação do nome do chefe-de-gabinete e presidente interino da Fundação Cultural, Rodrigo Mateus, para ser candidato do partido.
Visão. Enquanto isso, Tony Carlos disse que “passado é passado” e que é preciso somar, e não dividir. “Não é o momento de conflito”, prega o vereador, que deixou claro aos correligionários que é pré-candidato. “Sou um soldado do grupo e, como soldado, quero ficar no partido, mas serei candidato pelo PMDB ou por outra sigla”, sentenciou o peemedebista, que assegura estar preparado para a disputa, condição forjada em seus mais de 20 anos de vida pública. Ele tem a mesma opinião de Piau quanto à necessidade de organizar a legenda, porque entende que é preciso estar afiado para o confronto em 2012, que deverá ser muito diferente das últimas eleições.
Na avaliação de Tony, haverá segundo turno, devido à gama de nomes que estão colocados para a disputa, o que exigirá muita sola de sapato e saliva para conquistar o voto do eleitor.