Presidente da CMU se emociona com aprovação da “Semana Neném Violeiro”

A Câmara Municipal de Uberaba (CMU) aprovou o Projeto de Lei (PL) 95/2025, que institui a “Semana Neném Violeiro”, que ocorrerá anualmente na última sexta-feira do mês de fevereiro, com a realização nos espaços públicos de apresentações musicais sertanejas.

José Vicente dos Santos, mais conhecido como Neném Violeiro, faleceu em 2023, aos 84 anos. Na década de 80, formava uma dupla musical com Humberto, difundindo a música sertaneja raiz pelo Brasil. Teve seis filhos, dentre os quais o vereador Ismar Marão (PSD), presidente da CMU.

Durante a discussão do PL, Marão, muito emocionado, agradeceu a homenagem da vereadora Denise Max (PRD), autora do projeto. O vereador destacou a importância de Uberaba manter viva a sua tradição de música sertaneja raiz, também chamada de música sertaneja de viola. Lembrou que outros artistas que atuaram nesse setor e também devem se sentir lembrados através da criação da “Semana Neném Violeiro”.

Marão cobrou a criação de um espaço público de preservação da música sertaneja no município. Ele citou o empresário Gilberto Rezende, que possui acervo cultural não apenas de música, mas também da catira, que, segundo o vereador, precisa ser preservado e tornado público para que futuras gerações conheçam a produção artística do setor em Uberaba.

Outros vereadores sugeriram que, durante a realização da “Semana Neném Violeiro”, fosse promovido em Uberaba um festival de música sertaneja raiz, para incentivar e preservar esta atividade cultural no município.

Falando da Tribuna Livre, a vereadora Denise Max destacou que o projeto tem o objetivo de apoiar, valorizar e resgatar a cultura da música sertaneja raiz, moda de viola, prestando homenagem “post mortem” a Neném Violeiro. 

Neném Violeiro venceu vários festivais de música da região até que surgiu naquela época o Festival Arizona, em vários estados do país. Em 1978, foi vencedor do festival, ao lado de seu amigo Itamar, na cidade de Barretos, e o prêmio deu direito à gravação de um disco na maior gravadora do Brasil à época – Chantecler. Gravou três discos como Neném e Itamar, os quais fizeram muito sucesso. Após a separação da dupla com Itamar, começou a cantar com outro amigo com o nome de Manuelzito.

O músico também gravou, em outras gravadoras, dois discos de vinil e três CDs, cantando em muitas regiões do Brasil.