POLÍTICA

Sem acordo, motoristas dos ônibus coletivos podem entrar em greve

Na audiência de conciliação, as empresas não apresentaram proposta salarial objetiva, restringindo-se à manutenção da cesta básica, plano de saúde, plano odontológico e vale-alimentação

Gisele Barcelos
Publicado em 22/09/2022 às 20:35Atualizado em 17/12/2022 às 21:46
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Motoristas do Transporte Coletivo Urbano seguem com indicativo de greve e podem paralisar as atividades a qualquer momento. Foto/Jairo Chagas

Sem avanço nas negociações, motoristas do transporte coletivo retomam indicativo de greve. O movimento já havia sido comunicado este mês, porém foi adiado até uma nova reunião entre as partes. A audiência entre representantes das empresas de ônibus e do sindicato que representa a categoria foi realizada ontem, mas não houve proposta de reajuste salarial. Com isso, a paralisação de atividades volta a ser discutida pelos trabalhadores.

De acordo com o presidente do Sintracol (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Uberaba), Roberto Alexandre Vieira, como as concessionárias não apresentaram proposta salarial na nova rodada de negociação intermediada pela Justiça do Trabalho, a categoria está mobilizada para deflagrar o movimento paredista a partir de agora.

Questionado, o sindicalista não especificou data para o início da greve. Segundo ele, os detalhes sobre a paralisação de atividades ainda estão sendo discutidos com o restante da direção do Sintracol e os motoristas para definir o dia.

Vieira ressalta que tanto as empresas quanto a Prefeitura já foram notificadas no dia 9 de setembro sobre a greve e o procedimento não precisa ser feito novamente. Com isso, os motoristas estão livres para iniciar a greve a qualquer momento.

Já o presidente da Transube (Associação das Empresas de Transporte Coletivo de Uberaba), André Campos, manifestou que foi feito o compromisso na audiência de manter a cesta básica, plano de saúde, plano odontológico e vale-alimentação dos trabalhadores.

Entretanto, as concessionárias solicitaram mais prazo até o começo de outubro para oficializar uma proposta de reajuste salarial à categoria, devido à expectativa de liberação de recursos federais para o setor. A categoria não acatou o pedido e a audiência foi encerrada sem acordo entre as partes.

Campos argumentou que não houve condições de avançar em relação ao reajuste salarial porque o contrato da concessão está deficitário por causa do congelamento da tarifa desde 2019.

Na semana passada, a Prefeitura anunciou que anteciparia a liberação das parcelas restantes do subsídio para viabilizar a negociação salarial, porém o dirigente da Transube afirmou que o recurso prometido, da ordem de R$2 milhões, não foi pago pela Administração Municipal.

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