NOVO REQUERIMENTO

Vereadora retoma discussão do pastel e pretende incluir feiras livres como patrimônio de Uberaba

Após o desgaste gerado na ocasião do primeiro requerimento, em 2024, Luciene Fachinelli pretende ampliar a proposta para transformar as feiras livres em patrimônio imaterial de Uberaba

Joanna Prata
Publicado em 18/08/2025 às 15:31Atualizado em 18/08/2025 às 20:55
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A vereadora retoma a pauta e afirmou que pretende expandir o projeto, incluindo também outros elementos que representem a tradição e a cultura das feiras livres como um todo (Foto/Reprodução)

A vereadora Luciene Fachinelli (União Brasil) anunciou que vai retomar a discussão sobre o reconhecimento do pastel de feira como patrimônio histórico e cultural de Uberaba, mas desta vez com uma proposta mais ampla. A discussão iniciou em março do ano passado, após a apresentação de requerimento ao Executivo para realizar estudo que avaliasse a possibilidade. Após a repercussão, a vereadora retoma a pauta e afirmou aos ouvintes do JM News, da Rádio JM, que pretende expandir o projeto, incluindo também outros elementos que representem a tradição e a cultura das feiras livres como um todo.   

Durante entrevista, a parlamentar destacou que o hábito de ir às feiras de Uberaba vai muito além da compra de hortifrutis. “É cultural o uberabense dizer que vai à feira para comer um pastel, tomar uma garapa e depois fazer suas compras. Isso faz parte da nossa identidade”, afirmou. Segundo ela, esse costume, somado à relevância econômica dos feirantes, justifica a valorização oficial da tradição. Inclusive, a viabilidade de inclusão do pastel da feira como patrimônio da cidade foi atestada pela historiadora Cida Manzan, em estudo encomendado por Luciene. 

Ao falar sobre os próximos passos, a vereadora explicou que o reconhecimento do pastel e da feira livre não depende apenas da Câmara de Uberaba, mas também de análise do Executivo. Ela reforçou que vai continuar insistindo na pauta até que seja avaliada pelo município. “Todos os requerimentos e indicações do vereador perpassam pela Secretaria de Governo, que distribui para as secretarias afins. Às vezes a gente demora muito a receber uma resposta, mas como eu sou muito insistente, estou ali dentro da Prefeitura todo dia, cutucando. É água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, concluiu. 

A parlamentar também comentou sobre as críticas recebidas quando apresentou o requerimento no ano passado, lembrando que colegas chegaram a apelidá-la de “vereadora do pastel”. Segundo ela, apesar do desgaste, a discussão ganhou força justamente por ter sido pautada pela população. “Depois que acabou todo esse processo, esse colega meu mesmo reconheceu que eu tinha outras pautas importantíssimas. Mas disse: ‘Lu, vamos recuperar esse pastel?’”, relatou. 

A ação de reconhecer comidas típicas como patrimônio não é exclusiva de Uberaba. Uberlândia tornou o pastel de feira patrimônio cultural imaterial em 2020, enquanto Araguari recentemente teve a coxinha de pernil reconhecida como patrimônio gastronômico de Minas Gerais pela Assembleia Legislativa. O reconhecimento como patrimônio imaterial valoriza e preserva tradições que fazem parte da identidade cultural de uma cidade. Além disso, pode fortalecer o turismo e a economia local, atraindo visitantes e gerando renda para a comunidade.

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