Profissionais que atuam na área de vigilância, transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal foram à Câmara Municipal pedir apoio dos vereadores em Projeto de Lei em tramitação na Câmara Federal. Eles almejam conseguir incorporação do adicional de periculosidade equivalente a 30% do salário da categoria.
Embora não tenha utilizado a tribuna, o diretor do Sindicato dos Vigilantes de Uberaba, Ricardo Teixeira, repassou documento aos parlamentares pedindo empenho em contatar deputados de suas bases partidárias em favor do PL 6.113/09.
Sob análise da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, o projeto de autoria do deputado Paulo Paim (PT-RS) é de parecer terminativo. Só irá a plenário se houver manifestação contrária de 51 deputados. Os vigilantes querem em verdade é acelerar a tramitação, tendo em vista o ano político.
Ricardo Teixeira afirmou estarem os vigilantes de todo Brasil mobilizados em visita às Câmaras Municipais em busca de apoio. Na totalidade, 120 deputados estão inseridos nas comissões que vão analisar a matéria. Segundo ele, o salário atual de um vigilante é R$ 926, levando diversos profissionais a fazerem “bico” para elevar a remuneração.
O adicional de periculosidade, popularmente chamado risco de vida, no entender do sindicalista, iria condizer em parte com o trabalho executado pelos vigilantes, expostos com frequência ao perigo. Cita como exemplo o vigilante gravemente ferido em agência bancária no centro de Uberaba, que ontem passou por cirurgia para reconstituir ossos da face.
Há poucos dias, outro profissional foi assassinado durante assalto, com outro vigilante ferido na troca de tiros com os bandidos. Os casos já comprovam os riscos em torno da atividade. Os profissionais estão, de acordo com Ricardo Teixeira, recebendo acompanhamento do Sindicato, recém-desvinculado de Uberlândia, para consolidar em Uberaba representatividade, referenciando o Triângulo Mineiro e Vale do Rio Grande.