Exercício físico e longevidade: se exercitar pode retardar o envelhecimento?

Muitas pessoas até se preocupam com o envelhecimento, mas não se atentam ao poder da atividade física para a longevidade. No entanto, é importante ressaltar que qualquer tempo dedicado ao movimento corporal, independentemente da intensidade, traz inúmeros benefícios à saúde. É certo que quem se exercita, além de ganhar mais disposição, consegue controlar o peso e prolongar a expectativa de vida. 

É importante destacar que o envelhecimento é um processo contínuo e gradual que se inicia por volta dos 25 anos, quando a produção de colágeno e elastina começa a diminuir, causando mudanças lentas nas funções corporais. É consenso entre os especialistas que genética e o estilo de vida, incluindo dieta, atividade física, tabagismo, consumo de álcool, estresse e hábitos de sono, influenciam as condições físicas e cognitivas. 

Existem ao menos quatro tipos de envelhecimento: 

A oncologista clínica Elisa Fontes afirma que, como o envelhecimento é um processo gradual, quanto mais a pessoa cuidar da saúde física e mental, menores serão as chances de desenvolver doenças. “Já temos estudos que mostram que a prática [de atividade física regular] corrobora para um estilo de vida mais saudável. Ou seja, aqueles que se preocupam em manter o hábito, tendem a se alimentar melhor, beber mais água, etc. Todo esse rol de cuidados previne uma série de doenças metabólicas, endócrinas, como diabetes e hipertensão, além dos tumores neoplásicos”.

Dois estudos recentes, publicados entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, corroboram com a afirmação da médica. O primeiro, uma pesquisa sueca realizada com cerca de 58 mil homens, com idade média de 41,4 anos, e publicada no British Journal of Sports Medicine, revelou que aqueles com maior capacidade cardiorrespiratória apresentam 35% menos risco de desenvolver câncer de próstata em comparação com os de aptidão física reduzida. 

Já no caso do câncer de mama, um estudo do Instituto de Pesquisa em Câncer do Reino Unido, publicado no Journal of Clinical Oncology, focou em mulheres na pré-menopausa. A análise dos relatos de pouco mais de 547 mulheres identificou que níveis mais altos de atividade física no lazer estavam associados a uma redução de 10% no risco da doença.

Boas práticas que podem influenciar para uma vida mais longa e saudável: 

Pratique exercícios físicos regularmente: A atividade física não apenas fortalece o corpo, mas também melhora a saúde cardiovascular, ajuda no controle do peso e promove o equilíbrio emocional.

Adote uma alimentação saudável: Uma dieta balanceada, rica em nutrientes essenciais, é crucial para o bom funcionamento do organismo. Priorize alimentos naturais como frutas, vegetais e proteínas magras, evitando o excesso de alimentos processados.

Dedique tempo ao lazer: Reservar momentos para atividades recreativas e prazerosas é fundamental para reduzir o estresse e promover o bem-estar emocional.

Pratique meditação: A meditação é uma excelente ferramenta para acalmar a mente, diminuir a ansiedade e melhorar a concentração.

Estimule a mente: Mantenha a mente ativa com desafios intelectuais. Leitura, aprendizado de novas habilidades e jogos que estimulam o raciocínio são ótimas opções.

Evite vícios: Abandone hábitos prejudiciais à saúde, como o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que podem comprometer o bem-estar geral.

Durma bem: Ter um sono adequado é essencial para a recuperação do corpo e para manter um sistema imunológico saudável.

Cultive o otimismo: Manter uma mentalidade positiva melhora a qualidade de vida e fortalece a resiliência diante dos desafios.

Inclua sua família nesse plano de longevidade: O suporte familiar é fundamental. Compartilhe esses hábitos saudáveis com seus entes queridos, promovendo um ambiente de apoio mútuo. 

Fonte: O Tempo