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Negociar dívidas e ter cautela nos gastos contribuem para equilibrar finanças para o ano-novo

Publicado em 02/01/2024 às 18:22
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Depois de ir às compras em dezembro, os brasileiros já vão começar o novo ano com mais uma lista de contas a pagar: matrículas em escolas ou faculdades, IPVA, IPTU, material escolar, imposto de renda, entre outros. Arcar com todas essas despesas será um desafio, especialmente para aqueles que não se planejaram e excederam nos gastos no período de festas e férias. Sem recursos, muitos vão ficar inadimplentes. No Brasil, esse problema já atinge 40,71% da população. Segundo levantamento divulgado em outubro, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC/Brasil), 66,56 milhões de brasileiros estão endividados ou com os nomes negativados. 

Para o analista de Produtos de Renda Fixa do Banco Mercantil, Daniel Oliveira, sair do endividamento, limpar o nome e tirar os projetos do papel dependem de educação financeira. “Todos devem priorizar uma administração eficiente e sustentável de suas finanças. A ideia é que as pessoas estabeleçam um padrão de vida que esteja alinhado à sua realidade e orçamento”, observa.

Segundo ele, o primeiro passo para quem busca se educar financeiramente é mapear todas as fontes de receitas e despesas, como salário, aluguel, alimentação, escola, água, luz, impostos, entre outros. “O passo seguinte é fazer anotações diárias sobre todas as entradas e saídas. Além de garantir maior controle, essa prática contribui para um diagnóstico mais preciso da situação. Isso ajuda a perceber quais são os pontos fracos e fortes das finanças, reorganizar gastos e cortar despesas desnecessárias”, orienta.

Com base nisso, Daniel ressalta que é possível poupar, investir, preparar-se para imprevistos e atingir as metas pessoais e a realização de sonhos, como uma viagem de férias, aquisição de um imóvel, empreendimento de um novo negócio, bem como a aposentadoria e a independência financeira no médio e longo prazo. 

Endividamento. Muitas pessoas endividadas recorrem a novas formas de crédito, como empréstimos, em busca de uma solução, mas as dívidas apenas se acumulam. Para Daniel, nesse caso é preciso ainda mais cuidado. “Anote todos os seus gastos e organize suas dívidas. Compartilhe com familiares sua situação atual e busque uma solução conjunta, com transparência e responsabilidade. Elimine o que for supérfluo, busque economizar e reduzir ao máximo as despesas que não consegue cortar”, explica.

O especialista traz outras seis dicas para equilibrar as finanças em 2024

1- Elimine as dívidas mais caras: após o levantamento de suas dívidas, priorize a negociação daquelas com juros mais altos e com maior potencial de se tornar uma bola de neve;

2- Negocie com credores: procure as instituições, lojas e demais credores e faça uma proposta de negociação para quitar os débitos. O Mercantil, por exemplo, aderiu ao “Desenrola” (Programa Emergencial de renegociação de dívidas) e oferta, atualmente, novas condições de parcelamento e descontos para aqueles que desejam sanar suas dívidas.

3- Pesquise antes de comprar: reduza o impulso por compras desnecessárias e crie o hábito de pesquisar de forma antecipada. Isso irá permitir, além de conseguir produtos ou serviços com valor mais baixo, identificar se realmente há uma necessidade imediata para aquela aquisição;

4- Busque uma renda extra: realize algum serviço adicional, crie e venda produtos que possam complementar a sua capacidade financeira;

5- Planejamento e hábitos saudáveis: tenha sempre o hábito de registrar todas as suas despesas, elimine o que não for necessário e viva uma realidade dentro do seu orçamento. Isso lhe permitirá ter o controle de seus gastos e garantir que esteja preparado em situações de emergência, sem que tenha que recorrer a empréstimos futuros.

6- Uso do cartão de crédito com inteligência e racionalidade: O bom uso do cartão de crédito pode ser vantajoso, especialmente quando o estabelecimento comercial não cobra juros pelo parcelamento. Mas deve sempre estar alinhado à sua capacidade financeira. Abusar do cartão de crédito, utilizando-o mesmo quando não for vantajoso, pode se tornar problemático.

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