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Saiba como tratar a Paralisia de Bell

Publicado em 16/03/2024 às 18:07Atualizado em 16/03/2024 às 18:10
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“O desconhecimento sobre a paralisia de Bell, doença com a qual a jornalista Fernanda Gentil foi diagnosticada, movimenta as redes sociais sobre o tema com comentários diversos e, muitas vezes, provocando desinformação”. Nesta entrevista, o médico, Dr. Marcelo Raimundo de Oliveira, especialista em neurologia e neurofisiologia clínica, cooperado Unimed Uberaba, traz informações para a compreensão correta da população, incluindo exames laboratoriais, eletroneuromiografia e de imagem; fala também sobre diagnóstico e tratamento.

O neurologista explica que a paralisia facial periférica é uma disfunção do nervo da musculatura de expressão da face, envolvendo testa, olho e boca, atingindo em média de sete a 40 pessoas por 100 mil habitantes, por ano. O especialista esclarece que a maioria dos casos, 60% a 75%, surge sem causa definida, sendo atribuída a uma alteração na resposta imunológica da pessoa, como estresse, variações bruscas de temperatura, exposição solar excessiva, fatores que alteram a imunidade.

Já em 25% a 40% dos casos, de acordo com o médico, pode haver uma causa definida, entre elas, herpes-zoster, herpes simples, traumas, infecções do ouvido, doenças autoimunes, tumores, etc. Os sintomas iniciam com fraqueza da musculatura de expressão no lado afetado, dificuldade para fechar o olho, enrugar a testa, fechar ou abrir os lábios e desvio da boca para o lado oposto.

Segundo o Dr. Marcelo, apesar de o diagnóstico ser basicamente clínico, há alguns exames utilizados em casos específicos – quando a severidade da paralisia é intensa, quando há história de infecções ou suspeita de afecções de outros sistemas. Especificamente para avaliar o nervo acometido, há a eletroneuromiografia, exame que avalia o grau de comprometimento do nervo. O ideal é que seja realizado entre o 10º e 14º dia, após o início dos sintomas.

Sobre a eletroneuromiogafia. A eletroneuromiografia é um exame que avalia os nervos e os músculos, sendo realizado por especialista e consiste em dois estudos: o de condução nervosa e o de eletromiografia de agulha. É realizado com estímulo elétrico de baixa intensidade nos nervos a serem estudados, no caso da paralisia de Bell os nervos faciais, captando os estímulos nos músculos da testa, boca e olho e comparando com o lado oposto. A eletromiografia de agulha é realizada com eletrodos de agulha inseridos nestes músculos. Assim, de acordo com o Dr. Marcelo, é possível avaliar o grau de comprometimento e sugerir, se necessário, avaliação para tratamento cirúrgico, ou simplesmente acompanhar a evolução da paralisia.

Outros exames. Podem ser feitos, também, exames de sangue e até mesmo ressonância de crânio e ouvido, de acordo com a avaliação do médico. Nas unidades do Laboratório Unimed: na Unimed Saúde, na Clínica Pleno, na rua Rio Grande do Norte, e no Hospital Unimed, os clientes podem se submeter ao exame de sangue de forma rápida e segura, assim como fazer a ressonância de crânio e ouvido, na Clínica de Imagem Unimed, que tem uma unidade na rua Capitão Domingos e outra no Hospital Unimed. A eletroneuromiografia pode ser feita pela Unimed, na clínica dirigida pelo Dr. Marcelo Raimundo.

O tratamento deve ser iniciado até o terceiro dia, ou seja, até 72h do início dos sintomas, portanto, assim que o paciente perceber fraqueza facial, olho não fecha ou a boca entortou, o neurologista recomenda procurar um serviço de atendimento de saúde. A melhora clínica, ou a resolução da paralisia, dependerá do grau do comprometimento do nervo, do tempo de início do tratamento e, em poucos casos, do motivo da lesão do nervo. Após o tratamento medicamentoso, via oral, por período que pode variar de 7 a 10 dias, sendo que o corticoide é o principal, e também antivirais em alguns casos, existe o de suporte com fisioterapia motora para ajudar na recuperação dos movimentos perdidos. Para a fisioterapia motora, quem tem plano de saúde Unimed pode usufruir dos serviços oferecidos pelo Centro de Reabilitação Unimed, localizado na rua Arthur Machado.

Não há prevenção específica para a paralisia de Bell. Em raros casos, quando há piora progressiva, comprometimento de mais de 90% das fibras nervosas, sem melhora dos sintomas após o tratamento, o médico pode vir a indicar o tratamento cirúrgico. 

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