Exploração agrícola abre caminho para assoreamento na região do Córrego dos Pintos. Processo erosivo em alta
Exploração agrícola abre caminho para assoreamento na região do Córrego dos Pintos. Processo erosivo em alta velocidade é motivo de preocupação para proprietário rural da região próxima a comunidade de Santa Rosa.
Em denúncia à reportagem do Jornal da Manhã, Paulo César Lopes Veludo revela estar com medo das consequências resultantes do desmoronamento de terra em área que deveria estar sendo preservada.
De acordo com Paulo, perto do local há uma lavoura de milho, cujo lençol freático está bem abaixo da área plantada. Com o período das chuvas, a água que desce branda pela lavoura, ganha força e escoa para a nascente do córrego, um dos principais afluentes do rio Uberaba.
De cima, no pasto, é possível verificar as condições do local. A terra que desceu arrastou árvores e vegetação nativa, provocando estrago natural que acabou interferindo nas propriedades ao redor. A força da terra acabou rompendo a cerca da propriedade de Paulo, fazendo com que o gado escapasse pelo mato. Foi assim que ele se deu conta do que estava acontecendo. “A gente tenta preservar, mas ainda assim tem pessoas que não estão preocupadas. Os pés de mangaba que serviam de alimento para os pássaros e animais foram destruídos. Não sobrou nada”, conta.
Segundo o coordenador técnico da Emater-MG, Willy Gustavo, o processo de assoreamento pode acarretar problemas sérios ao meio ambiente e também à região. Ele explica que as nascentes são muito sensíveis. “É o ponto onde a água que está debaixo da terra sai. Essa erosão compromete o córrego e acaba com desmoronamento muito grande”, conclui.