Trabalho social e religioso empreendido pelo padre Ângelo Pozzani durante 30 anos à frente do Santuário de Nossa Senhora da Abadia foi destacado no plenário da Câmara Municipal ontem. As atividades comemorativas do centenário de nascimento do religioso foram apresentadas pelo pároco Antônio Jacaúna.
Segundo ele, a atuação do sacerdote começou junto à população quando muita gente ainda tachava o bairro Abadia como “Coreia”. Quando o cinema era privilégio da elite, Pozzani lançou em Uberaba o Metrolim, espaço de exibição de filmes para pessoas carentes. “Às vezes tínhamos que parar a apresentação para emendar a fita, mas ele nos deu oportunidades que não teríamos, além de influenciar a área cultural e educacional da comunidade”, lembrou o vereador Carlos Godoy (PTB), frequentador assíduo das sessões na adolescência.
Padre Jacaúna enfatizou a implantação do bocha, modalidade esportiva envolvendo bolas especiais (bochas), visando à integração dos moradores. O sacerdote também foi apontado como o grande construtor da igreja. Praticamente reformou e colocou a igreja como está hoje. “Foi um homem de fé, cuidou de seu rebanho, marcando a vida de Uberaba”, afirmou Jacaúna.
As homenagens a Ângelo Pozzani incluem missa solene no dia 29, celebrada pelo arcebispo metropolitano de Uberaba, dom Roque Oppermann, e entrega de diplomas confeccionados pela igreja aos colaboradores mais próximos do religioso.