Gasoduto viabiliza fábrica de cimento chinesa

Um dos investimentos a serem viabilizados pelo município com a chegada do gasoduto é a fábrica de cimento que poderá minimizar a importação de enxofre no país. A tecnologia, proveniente da China, depende de uma série de fatores que estão sendo viabilizados em Uberaba.

Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico, Carlos Assis, a importação de enxofre e a disposição de um complexo fosfatado produzindo gesso – o que é o caso de Uberaba – dão condições para a instalação da fábrica de cimento, principalmente agora, com a chegada do gasoduto, que servirá de combustível para o forno da fábrica de cimento.

O investimento ganha reforço levando em conta a Vale Fertilizantes, instalada no Distrito Industrial, que possui 50 milhões toneladas de gesso acumulado e 10 milhões de toneladas de enxofre importado. “Todos estes os insumos são necessários para o empreendimento. Já fizemos o estudo de viabilidade econômica e o município oferece todas as condições para o investimento”, diz.

De acordo com ele, a fábrica de cimento também poderá minimizar a necessidade de importação do enxofre no Brasil. Atualmente, o país produz apenas 2% do produto que consome. “Com a fábrica, vamos criar um círculo fechado para acabar com a importação do enxofre, oferecendo segurança para o país na fabricação de fertilizantes. Ainda somos frágeis por conta do produto. Sem enxofre, a produção de fertilizantes para”, explica. 

Uma missão está sendo organizada justamente para visitar uma fábrica chinesa para conhecer tecnicamente o mecanismo de produção. A comitiva deverá contar com as presenças do prefeito Anderson Adauto, do próprio secretário de Desenvolvimento Econômico e de um grupo de investidores interessados no investimento. “Precisamos consolidar o interesse tecnológico”, afirma Carlos Assis.

A discussão em torno do tema também foi o motivo do encontro realizado em março, em Brasília, entre o prefeito Anderson Adauto (PMDB) e o embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi.