O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se manifestou através de redes sociais sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o chefe do Executivo estadual, a ação é mais um novo capítulo do que considera uma perseguição desumana.
Para Zema, o ex-presidente, com 70 anos, já isolado e vigiado 24h por dia, não representa risco algum à sociedade. Segundo o governador, isso não seria justiça, mas, revanchismo político. “E o Brasil não precisa disso”, escreveu.
Ele manifestou apoio à família. Escreveu ainda, que silenciar um opositor não é justiça, é abuso de poder. E, escreveu mais, que divergência política não pode ser motivo de prisão.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também se manifestou neste sábado (22) sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ele disse que Bolsonaro é inocente e que seguirá firme ao lado dele. Acrescentou ainda, que "tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde" é "irresponsável".
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã de sábado (22). Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu mandado de prisão preventiva em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na sexta-feira (21) o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocou, pelas redes sociais, uma vigília de orações próxima à casa onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes diz que a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar "eventual tentativa de fuga do réu". Foi ainda verificada tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.
Moraes também determina que seja realizada, neste domingo (23), audiência de custódia, por videoconferência, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, além da disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao réu.
Antes da prisão, a defesa de Jair Bolsonaro havia pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, determinada após o descumprimento de medidas cautelares já fixadas pelo STF. Ele estava usando tornozeleira eletrônica e proibido de acessar embaixadas e consulados, de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras e de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, inclusive por intermédio de terceiros.
A ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro (PL), lamentou a prisão de Jair Bolsonaro. Pelas redes sociais, a líder do PL Mulheres afirmou que confia na “justiça de Deus” e que a “justiça humana, já não se sustenta”. Informações dão conta que o ex-presidente não reagiu a abordagem dos policiais. Além disso, a ex-primeira-dama não estava em casa, por isso não presenciou a detenção.