
(Foto/Arquivo JM)
A obra da barragem da Prainha, iniciada em 2020 e paralisada há cinco anos, só poderá ser retomada após a garantia de aporte adicional estimado em R$25 milhões, afirmou o presidente da Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau), Rui Ramos, em entrevista ao programa Pingo do J, da Rádio JM. Segundo ele, o projeto revisado já passou por ajustes e está em análise final pela Caixa Econômica Federal, etapa obrigatória antes do envio ao Ministério das Cidades para liberação do restante da verba. Ele diz que o projeto deve ser enviado para o Ministério ainda esta semana.
Ramos explicou que o impasse histórico envolvendo a Prainha teve início quando o projeto foi alterado ainda no governo anterior, resultando em uma licitação baseada em “praticamente um anteprojeto incompleto”. A construtora vencedora da licitação acabou deixando a obra, alegando inviabilidade técnica, o que levou à rescisão do contrato em 2022 e à necessidade de elaboração de um novo projeto, concluído somente no fim de 2024.
“Estamos estimando que ainda faltam cerca de 25 milhões, além do que já existe, para executar o projeto completo. Estivemos no Ministério das Cidades, que sinalizou a possibilidade de complementar o recurso. Mas, antes disso, o projeto precisa passar pela análise. Assim que ele ficou pronto, enviamos o material para a equipe técnica e econômica da Caixa Econômica Federal, em Uberlândia, que segue todo o trâmite burocrático. Pela manhã, inclusive, falei com a [assistente administrativa de gestão financeira] Daniela Madruga e ela informou que até esta quarta-feira deve encaminhar o relatório final ao Ministério. A partir disso, iremos a Brasília para pressionar e agilizar o processo, para que possamos lançar a licitação o mais rápido possível”, disse Ramos. Ele acrescentou que a companhia conseguiu reduzir parte dos custos, mas ainda depende da formalização do repasse federal.
A revisão técnica foi entregue somente após diversas prorrogações de prazo. Desde então, a equipe da Codau realiza nova conferência do material enquanto também atualiza os valores necessários para finalizar a obra. A licitação só poderá ser aberta após o aval da Caixa e a confirmação do aporte pelo Ministério das Cidades.
Mesmo sem data definida, Rui Ramos estima que, uma vez iniciada, a obra leve de dois a dois anos e meio para ser concluída. Ele afirmou que a expectativa é que a Prainha fique pronta praticamente no mesmo período em que forem entregues as obras da nova captação do rio Grande.