Petista acredita que a vitória de Dilma estimulará mulheres

Crescimento da mulher no mercado de trabalho é desestímulo para a participação política. Análise é da candidata a deputada federal Marilda Ribeiro Resende (PT), em entrevista à Rádio JM. Relatório da Justiça Eleitoral aponta que Minas Gerais está entre os Estados com menor número de candidaturas femininas.

De acordo com Marilda, ao conciliar afazeres domésticos, família e a carreira profissional, a mulher está sobrecarregada. Por isso, o engajamento político e partidário não traz interesse. “A lida do cotidiano, da casa ainda é feita por exclusivamente por ela. Na maioria dos casos, não se divide tarefa com o companheiro. Então, acredito que é essa lógica justifica a mulher não entrar na política”, analisa.

Por outro lado, a petista convoca para a necessidade de as mulheres terem representantes nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional, para o avanço efetivo das políticas públicas por igualdade de direitos. Ela acredita que a indicação de Dilma Rousseff (PT) para sucessão presidencial romperá alguns preconceitos e deverá estimular o surgimento de novas candidatas nos pleitos seguintes.

Estatística do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que de 21 mil registros de candidatura, somente 21,5% são do sexo feminino. O Estado onde há mais mulheres concorrendo a cargos políticos neste ano é o Rio de Janeiro, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já os Estados em que há menos mulheres candidatas são Espírito Santo, Pernambuco e Minas Gerais.

O Estado tem 465 postulantes à Câmara Federal e destes só 70 são mulheres. Em relação à Assembleia Legislativa de Minas, são 829 candidaturas e apenas 150 femininas.