Processo sobre mensalão sem avanços

Rádio JM retomou o escândalo mensalão ontem. Ação penal continua aguardando julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e depende do término das audiências com as testemunhas arroladas na defesa dos 40 réus, entre eles o prefeito Anderson Adauto (PMDB) e o aliado José Luiz Alves (PSL). No mês passado, o STF rejeitou 13 recursos da defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson, julgando que o acusado tentava tumultuar o andamento da ação penal. Após a decisão, o ministro Joaquim Barbosa anunciou cronograma para encerrar a fase de depoimento das testemunhas neste semestre. Não há informação de quantas ainda restam para ser ouvidas. A perspectiva é julgar o caso no próximo ano.   Até o presidente Lula foi chamado a depor. O pedido partiu do Ministério Público Federal (MPF), autor da ação que investiga o suposto pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio a assuntos de interesse do governo na Câmara dos Deputados. Lula disse ter tomado conhecimento do chamado “mensalão” por meio do presidente do PTB, deputado cassado Roberto Jefferson (RJ), ao final de uma reunião no primeiro semestre de 2005. O presidente também negou conhecer o empresário Marcos Valério ou ter tido qualquer reunião privada com ele.   Em Uberaba, a Justiça Federal tinha onze testemunhas arroladas por Anderson e Zé Luiz. Apenas sete prestaram depoimento no ano passado. Foram dispensadas a coordenadora do Probem, Maria Aparecida Ferreira, e o médico Eurípedes Alves de Carvalho. Também convocados, o secretário de Trânsito, Ricardo Sarmento, e o presidente da Fundação Cultural, Rodrigo Mateus, não compareceram na época e informam que não houve nova chamada da JF.