A antecipação de nomes para a sucessão do prefeito Anderson Adauto (PMDB) nas eleições de 2012 provocou a reação imediata dos partidos mais à esquerda com representação no município. Ontem pela manhã PSOL e PSTU se sentaram para traçar que rumos tomarão, não sem antes discutir o posicionamento de apoiadores do atual governo e de seus opositores, que vem jogando nomes para o eleitorado, faltando pouco mais de um ano e meio para o pleito.
“Os ânimos políticos em Uberaba estão muito antecipados”, diz José Eustáquio Reis, presidente do PSOL local, que critica, ainda, o que chamou de profissionalização do setor no município. Para ele, nem no Nordeste onde o coronelismo é tão forte não é assim. O dirigente partidário – que assegura ser esse também o posicionamento do PSTU – é contra a candidatura dos atuais detentores de mandato parlamentar, entre os quais, do deputado estadual Antônio dos Reis Gonçalves, o Lerin (PSB), que vem sendo apontado como a bola da vez na sucessão.
Eustáquio taxa de covardia o que o pessebista tem feito, tendo largado o mandato na Câmara de Vereadores, para o qual foi eleito para um período de quatro anos e, agora, se coloca como pré-candidato, sem ter cumprido sequer um ano do cargo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O dirigente do PSOL também não poupa o governador Antônio Anastasia (PSDB) que estaria à frente dessa articulação, afirmando que o tucano está querendo “colocar um nome goela abaixo do eleitor”.
Segundo Eustáquio, na reunião de ontem ficou decidido que PSOL e PSTU marcharão juntos nas eleições municipais do ano que vem com chapa completa, para prefeito e vereadores. Inicialmente, o posto de chefe do Executivo deverá ser disputado por ele ou pelo dirigente do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, Adriano Espíndola, que já colocou seu nome para os eleitores outras vezes.
“Nós temos coragem e não temos medo da urna”, garante o presidente do PSOL, ponderando, contudo, que existem outros bons nomes em Uberaba que podem vir a representar os dois partidos na disputa.