Durante o pronunciamento em plenário, o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos, posicionou que a legislação assegura pelo menos que o índice da inflação seja repassado anualmente (FotoDivulgação/CMU)
Sindicalistas participaram nessa quinta-feira (10) da sessão da Câmara Municipal e aproveitaram a presença em plenário para solicitar apoio dos vereadores para reivindicar junto ao Executivo a reabertura da negociação salarial.
Até então, foi negado qualquer índice de reajuste e, também, descartado aumento do tíquete-alimentação este ano tanto para os servidores da Prefeitura quanto para os trabalhadores da Codau. A categoria tenta viabilizar ao menos o índice referente à variação da inflação para correção dos vencimentos.
Durante o pronunciamento em plenário, o presidente do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba), Luís Carlos dos Santos, posicionou que a legislação assegura pelo menos que o índice da inflação seja repassado anualmente. Ele salientou que o posicionamento também foi defendido em ofício encaminhado pela OAB/Uberaba à prefeita Elisa Araújo (PSD) e à Câmara Municipal.
Santos ainda manifestou que a categoria está aberta à negociação, mas o Executivo continua irredutível em avançar com as tratativas. “Podemos dividir o índice: 2,5% agora e 2,5% em agosto. O que não pode é ficar zero de reajuste. Se a Câmara não ajuda, dificilmente vamos conseguir”, argumentou.
Também pedindo aos vereadores para dar suporte ao pedido de reabertura da negociação, o presidente do Sindae (Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Indústria de Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgoto de Uberaba), Adelair Donizete Ribeiro, afirmou que a categoria já articula uma paralisação parcial das atividades para pressionar o governo e pode deflagrar uma paralisação total por prazo maior.
As falas foram seguidas de diversas declarações de vereadores em plenário, contestando o alto número de cargos comissionados na atual gestão e inchaço da máquina diante da justificativa de aperto financeiro para não oferecer a recomposição da inflação ao funcionalismo.
Em meio às críticas, o líder do governo na Câmara, vereador Diego Fabiano de Oliveira, manifestou ser favorável à recomposição da inflação para os servidores, mas fez questão de ressaltar os resultados das campanhas salariais de anos anteriores. “Quando a prefeita assumiu em 2021, tínhamos um tíquete de R$572. No ano de 2022, passou para R$800. Em 2023, para R$1.000. E em 2024, para R$1.044. Tivemos também um reajuste de 12% em 2022 e de 8% em 2023, além do índice da inflação no ano passado”, argumentou.