Sindicalistas em Uberaba analisam possibilidade de ingressar com ação na Justiça

Enquanto aguardam reunião com a prefeita Elisa Araújo (PSD) nesta segunda-feira (7), sindicalistas analisam a possibilidade de ingressar com ação na Justiça para tentar viabilizar a recomposição salarial para o funcionalismo da Prefeitura. A revelação foi feita pelo presidente do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba), Luís Carlos dos Santos, que falou sobre o assunto em entrevista à Rádio JM.

A possibilidade de acionar a Justiça está sendo cogitada porque o governo municipal inicialmente descartou aumento no tíquete-alimentação e qualquer índice de reajuste para o funcionalismo da Prefeitura este ano.

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De acordo com o líder sindical, como até mesmo a recomposição da inflação foi negada, a equipe jurídica do SSPMU está estudando a possibilidade de um dissídio coletivo. “O jurídico vai ver se a Constituição Federal nos ampara para, pelo menos, a inflação do ano. Vamos ver se algo pode ser feito judicialmente”, destacou.

Em paralelo, mobilização começou nas redes sociais para organizar atos na próxima semana e protestas contra a negativa de reajuste. Um grupo planejava manifestação na porta do Centro Administrativo, com servidores vestidos de preto e usando nariz de palhaço. Ainda não houve posicionamento do sindicato sobre a iniciativa.

Os sindicalistas ainda esperam conseguir a reabertura da negociação salarial com o governo municipal, pois houve agendamento de reunião com a prefeita amanhã. Assembleia foi até adiada para aguardar o que será apresentado pela chefe do Executivo.

Na conversa por telefone, não houve sinalização da gestora quanto à reabertura de negociação. Ela apenas justificou a ausência no encontro anterior que ocorreu com os sindicalistas e informou que estava cumprindo agenda em Uberlândia.

Ainda assim, a direção do SSPMU tem intenção de dialogar com a prefeita e tentar chegar a um acordo para a campanha salarial deste ano.

Inicialmente, a pauta de reivindicações pleiteava 15% de reajuste e aumento de R$100 no tíquete-alimentação, o que foi negado pelo governo municipal. Agora será levado à mesa de negociação o pedido para conceder o índice de reajuste do salário mínimo ao restante do funcionalismo da Prefeitura.

Apesar da expectativa dos sindicalistas, a Secretaria Especial de Comunicação manifestou que a reunião agendada será apenas uma visita de cortesia, porque a prefeita ainda não esteve com os sindicalistas este ano. A pasta acrescentou que o encontro não tem o objetivo de reabertura da negociação salarial ou discussão sobre reajuste, porque a decisão do governo já foi tomada.

Tanto o funcionalismo da Prefeitura quanto os trabalhadores da Codau tiveram os pedidos de reajuste negados este ano. Apenas os educadores conseguiram assegurar a aplicação nos vencimentos do índice de 6,27% referente à revisão do piso nacional do magistério, anunciado pelo governo federal no início do ano.