Prédio da agência central dos Correios, atualmente subutilizado, pode ser um dos imóveis a serem colocados à venda pela empresa (Foto/Arquivo)
O Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect-Ura) espera que Uberaba seja incluída no Plano de Reestruturação dos Correios. O diretor da entidade, Wolney Cápoli, disse que ainda não foram apresentados detalhes dessa ação, mas acredita que, em nível local, algo deve ser feito dentro da estratégia.
Atualmente, Uberaba conta com 10 agências dos Correios, entre próprias e franqueadas, incluindo a central, que fica localizada na praça Henrique Krügger. O plano de reestruturação prevê, entre outras medidas, um novo programa de demissão voluntária, o fechamento de 1 mil agências consideradas deficitárias e a venda de imóveis da estatal, que podem render R$1,5 bilhão.
O plano prevê, até o fim de novembro, um empréstimo de até R$20 bilhões, parar reduzir o déficit, retomar o equilíbrio financeiro em 2026 e gerar lucro em 2027.
Segundo os Correios, o plano foi elaborado após análises da situação financeira e do atual modelo de negócio, para retomar o equilíbrio financeiro em um prazo de 12 meses.
Há previsão de expansão no e-commerce e parcerias estratégicas, além da possibilidade de operações de fusões, aquisições e outras reorganizações societárias para aumentar a competitividade no médio e longo prazo.
O novo modelo de negócio reforça a universalização dos serviços postais, como missão pública dos Correios, mesmo nas localidades mais remotas e de difícil acesso.
A expectativa é de que, adotadas tais medidas, o déficit seja reduzido ao longo do ano que vem, e que a lucratividade seja retomada já em 2027.
Após fechar o ano de 2024 no vermelho, com o prejuízo total de R$2,6 bilhões, a empresa anunciou, em maio deste ano, um pacote de medidas que incluiu outro programa de demissão voluntária (PDV); redução da jornada de trabalho para 6 horas diárias em unidades administrativas; suspensão temporária das férias de 2025 e a decretação do fim do trabalho remoto.